quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Julgamento do Mensalão está mais próximo do fim

O STF (Supremo Tribunal Federal) concluiu ontem, quarta-feira (dia 28) a definição das penas para os 25 réus condenados no processo do mensalão e 13 deles irão para a prisão, incluindo o ex-ministro José Dirceu. Penas superiores a oito anos devem ser cumpridas em regime fechado. 
Entre quatro e oito anos, as penas são cumpridas em regime semiaberto e o condenado volta para dormir na prisão. Quando forem inferiores a quatro anos, podem ser substituídas por penas alternativas, como pagamento de salário mínimo e perda de direito político. 
A fase para fixação das punições consumiu dez sessões da Corte. Dos 37 réus da ação penal, 12 acabaram absolvidos. As penas ainda podem ser revistas pelos ministros até o final do julgamento, que deve ocorrer na semana que vem.

REGIME FECHADO 

José Dirceu 
Ex-ministro da Casa Civil no governo Lula, José Dirceu foi condenado a dez anos e dez meses de prisão pelos crimes de corrupção ativa e formação de quadrilha. Ele terá ainda de pagar multa de R$ 676 mil. Dirceu começará a cumprir a pena em regime fechado, mas poderá pedir a progressão de regime após 1/6 da pena, ou 1 ano e 9 meses. "Os motivos que o conduziram [Dirceu] a praticar o crime de corrupção ativa são extremamente graves. O crime foi praticado porque o governo federal não tinha a maioria na Câmara dos Deputados e o fez por meio da compra dos votos, por meio da compra dos líderes [dos partidos]", afirmou Joaquim Barbosa à época da fixação da pena.  


Delúbio Soares 
O ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares foi condenado a oito anos e 11 meses de prisão pelos crimes de corrupção ativa e formação de quadrilha, além de multa de R$ 300 mil. "[Delúbio era] incumbido de indicar a Marcos Valério quem, quando e quanto deveria ser pago a título de propina, para efeito de corrupção no Legislativo. [Era] Estreitamente ligado a José Dirceu, comandante dessa epopeia", disse o relator.   

João Paulo Cunha 
O deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP) foi condenado a nove anos e quatro meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva, peculato (desvio de recursos públicos) e lavagem de dinheiro. Com isso, o réu terá de cumprir a pena em regime fechado, já que a condenação foi maior do que oito anos. Ele também terá de pagar multa de R$ 360 mil.   

Marcos Valério 
Acusado de ser o operador do mensalão, o publicitário Marcos Valério deve ser condenado a 40 anos, um mês e seis dias de prisão pelos crimes de corrupção ativa, peculato, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e evasão de divisas. Além do tempo de prisão, ele terá de pagar uma multa de R$ 2,78 milhões. A Suprema Corte ainda precisa proclamar o voto sobre a sua dosimetria (cálculo das penas).


Ramon Hollerbach
Ex-sócio de Valério, Ramon Hollerbach foi condenado por evasão de divisas, corrupção ativa, peculato, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. A pena total ficou em 29 anos, sete meses e 20 dias e uma multa total de R$ 2,8 milhões.


Cristiano Paz. 
O publicitário Cristiano Paz, também ex-sócio de Valério, foi condenado a 25 anos, onze meses e 20 dias de prisão pelos crimes de formação de quadrilha, corrupção ativa, peculato e lavagem de dinheiro. Além disso, ele terá de pagar uma multa de aproximadamente R$ 2,5 milhões. Para o relator, Joaquim Barbosa, Paz participou de "toda uma parafernália, um mecanismo bem azeitado de desvio de recursos públicos". 

Simone Vasconcelos 
Ex-funcionária de Valério na agência SMP&B, Simone Vasconcelos foi condenada a 12 anos, sete meses e 20 dias pelos crimes de lavagem de dinheiro, corrupção ativa e evasão de divisas. Ela também foi condenada a um ano e oito meses por formação de quadrilha, mas a pena prescreveu. Ao todo, a ré também foi multada em R$ 374 mil.


Rogério Tolentino. 
Advogado de Valério e acusado de receber empréstimos fictícios que abasteceram o mensalão, Rogério Tolentino foi condenado a 8 anos e 11 meses de prisão, mais multa de R$ 404 mil, pelos crimes de lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e corrupção ativa.  

Kátia Rabello
Ex-presidente do Banco Rural, Kátia Rabello teve a sua pena fixada em 16 anos e oito meses de prisão pelos crimes de lavagem de dinheiro, formação de quadrilha, gestão fraudulenta e evasão de divisas, além de multa que passa de R$ 1,5 milhão. Na época do mensalão, ela dirigia a instituição que, segundo a decisão do Supremo, colaborou para que o grupo de Marcos Valério fizesse pagamentos a parlamentares e pudesse ocultar a origem ilícita do dinheiro público desviado.  

José Roberto Salgado.
O ex-vice-presidente do Banco Rural José Roberto Salgado foi condenado a 16 anos e 8 meses de prisão e multa de R$ 926.400 pelos crimes de formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, evasão de divisas e gestão fraudulenta.   

Vinícius Samarane
O terceiro réu do núcleo financeiro condenado no processo do mensalão, Vinícius Samarane, ex-vice-presidente do Banco Rural, foi condenado a 8 anos, 9 meses e 10 dias de reclusão. Ele também deverá pagar multa no valor de R$ 552.000 (os valores ainda deverão sofrer correção monetária).  

Henrique Pizzolato 
O ex-diretor de marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato recebeu uma pena total de 12 anos e 7 meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro e também deverá cumprir ao menos parte da pena na cadeia.  

Pedro Corrêa 
O deputado cassado Pedro Corrêa (PP-PE) foi condenado a 9 anos e 5 meses de prisão e multa de R$ 1,08 milhão no julgamento do mensalão. Ele teria recebido, junto a outros parlamentares, R$ 2,9 milhões para votar a favor de matérias do interesse do governo federal durante o primeiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva.   

REGIME SEMIABERTO 

José Genoino 
O ex-presidente do PT José Genoino recebeu pena de seis anos e 11 meses, mais R$ 468 mil pelos crimes de formação de quadrilha e corrupção ativa e poderá cumprir a pena no regime semiaberto, que é aplicado para penas entre quatro e oito anos. Segundo o relator Barbosa, Genoino ?utilizou a estrutura e o poder do partido que presidia para, juntamente com seu tesoureiro Delúbio Soares e o réu Marcos Valério, distribuir recursos em valores extraordinariamente elevados, em espécie, destinados à compra de votos".   

Roberto Jefferson 
O ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB-RJ), delator do esquema do mensalão e atual presidente licenciado do PTB, foi condenado a 7 anos e 14 dias por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, mais pagamento de multa no valor de R$ 688,8 mil. Os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) decidiram levar em conta a contribuição de Jefferson ao revelar detalhes do escândalo e diminuíram sua pena. Com isso, em vez de regime fechado, o ex-deputado cumprirá pena no semiaberto -- pela lei, penas maiores que oito anos são cumpridas em regime fechado. Ele teve seu mandato de deputado federal cassado, em 2005, pela participação no escândalo.   

Valdemar Costa Neto 
O deputado Valdemar Costa Neto (PR-SP) foi condenado a 7 anos e 10 meses de prisão, além de multa de R$ 1,08 milhão. Para o relator, Costa Neto negociou e vendeu apoio de seu partido e ainda o beneficiou na Câmara. "O réu [Costa Neto] profissionalizou o modo de recebimento da propina". O atual deputado federal era presidente do PL (atual PR) e líder da bancada do partido na Câmara do Deputados. Ele foi absolvido por formação de quadrilha, pelo empate nos votos dos ministros. O deputado teria recebido R$ 8,8 milhões para votar a favor de matérias do interesse do governo federal.    

Carlos Alberto Rodrigues, 
Conhecido na época do mensalão como deputado Bispo Rodrigues, do PL (atual PR), foi condenado a pena em regime semiaberto foi de 6 anos e 3 meses e multa de R$ 696 mil. Ele foi acusado de receber R$ 150 mil para votar em reformas de interesse do governo federal, em dezembro de 2003, durante o governo Lula.   

Romeu Queiroz 
O ex-deputado federal Romeu Queiroz (PTB-MG) foi condenado a 6 anos e 6 meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, além de multa no valor de R$ 792 mil. Ele é acusado de ter viabilizado pagamento de R$ 4,5 milhões para o ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB), delator do mensalão, para que votasse a favor de matérias do interesse do governo Lula. Queiroz teria recebido, em proveito próprio, quantia de R$ 102 mil.   

Pedro Henry 
O deputado Pedro Henry (PP-MT) foi condenado a 7 anos e 2 meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro por conta da sua participação no esquema do mensalão. Ele também foi condenado a pagar R$ 888 mil em multa. Henry também foi denunciado por formação de quadrilha, mas acabou sendo absolvido deste delito. Segundo entendimento dos magistrados, Henry teria recebido, junto a outros parlamentares, R$ 2,9 milhões para votar a favor de matérias do interesse do governo federal no primeiro mandado de Lula.   

Breno Fischberg 
Ex-sócio da corretora Bônus-Banval, usada por parlamentares do PP para lavar dinheiro do esquema do mensalão, Breno Fischberg foi condenado a 5 anos e 10 meses de reclusão pelo crime de lavagem de dinheiro, além de R$ 528 mil de multa. Ele deve cumprir a pena no regime semiaberto, indo para a cadeia apenas para dormir.   

Enivaldo Quadrado 
O outro ex-sócio da corretora, Enivaldo Quadrado, foi condenado por formação de quadrilha e lavagem de dinheiro e a sua pena alcançou 5 anos e 9 meses, mais multa de R$ 26.400 e ele também poderá cumpri-la no regime semiaberto.   

Jacinto Lamas 
O ex-tesoureiro do PL (atual PR) Jacinto Lamas foi condenado por lavagem de dinheiro a 5 anos de prisão, mais R$ 240 mil de multa, e por corrupção passiva a 1 ano e 6 meses. No entanto, a pena por corrupção já está prescrita.   

João Cláudio Genú 
Ex-assessor do PP na Câmara, João Cláudio Genú recebeu a pena de 7 anos e 3 meses, mais 200 dias-multa, equivalente a R$ 480 mil, por formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. Ele também foi condenado por corrupção passiva, mas, como a pena foi de 1 ano e 6 meses, já está prescrita. Genú teria sido beneficiado pelo esquema entre o Banco Rural e a empresa SMP&B, de Valério. Seria ainda o responsável por intermediar pagamentos a deputados do PP. Junto a eles, teria recebido cerca de R$ 4 milhões de propina.   

PENA RESTRITIVA DE DIREITO 

José Borba 
O ex-deputado José Borba foi condenado a 2 anos e 6 meses de prisão pelo crime de corrupção passiva. Como a pena dá direito ao regime aberto, os ministros decidiram substitui-la por uma pena alternativa. Assim, Borba foi agora condenado ao pagamento de 300 salários mínimos, dinheiro destinado a entidade sem fins lucrativos, e à perda de direitos políticos -- os ministros determinaram a interdição temporária de direito político pelo prazo da pena privativa de liberdade (2 anos e 6 meses) a que foi condenado o réu, bem como a proibição do exercício de cargo ou atividade pública e perda de mandato eletivo. Como Borba atualmente é prefeito de Jandaia do Sul (PR) pelo PP, os ministros ainda devem decidir se ele perderá o mandato imediatamente ou se apenas após o trânsito em julgado da sentença. O mandato de Borba se encerra em dezembro.   

Emerson Palmieri 
Após ter a sua pena por corrupção passiva prescrita, o ex-tesoureiro informal do PTB Emerson Palmieri foi condenado a quatro anos de prisão por lavagem de dinheiro, mais 190 dias-multa. No entanto, como, pela lei, penas de até quatro anos devem ser cumpridas em regime aberto, os magistrados decidiram substituir a pena dele por duas penas restritivas de direito: a proibição de ser nomeado para cargos públicos e o pagamento de 150 salários mínimos para uma instituição sem fins lucrativos.


ABSOLVIDOS DO MENSALÃO

Silvio Pereira - Delação premiada - não foi julgado


Luiz Gushiken


José Jatene - Morreu em 14/09/2010 - não chegou a ser julgado


Carlos Alberto Quaglia


Antonio Lamas


Paulo Rocha - os empates no julgamento o beneficiaram


Anita Leocádia


Luiz Carlos da Silva - professor Luizinho -


João Magno - os empates no julgamento o beneficiaram


Anderson Adauto - os empates no julgamento o beneficiaram


José Luiz Alves


José Eduardo de Mendonça - Duda Mendonça -


Zilmar Fernandes


Geiza Dias


Ayana Tenório



N. R. Fonte da matéria: UOL Notícias



terça-feira, 27 de novembro de 2012

200 mil vozes em defesa dos royalties do petróleo

Uma multidão, calculada em torno de 200 mil pessoas, oriundas de diversas cidades do Estado do Rio de Janeiro, participou da manifestação em defesa dos royalties do petróleo, realizada ontem, segunda-feira, dia 26 de novembro de 2013, no Rio de Janeiro. A passeata começou no início da Avenida Rio Branco e terminou na Cinelândia, ocasião em foram ouvidos muitos pronunciamentos, todos pedindo a presidente Dilma Rousseff, que vete o projeto de lei do senador Vital Rego.
A lei em questão, prevê a redistribuição dos royalties do petróleo recebido pelo Estado do Rio de Janeiro, o que levaria a uma perda de 7 bilhões de reais, em 2013, o que inviabilizaria a concretização de inúmeros projetos previstos até 2016. Políticos, como o presidente da Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, deputado estadual Paulo Melo, entendem que a aprovação do projeto poderá decretar a falência do Estado.
O governador Sérgio Cabral que liderou o movimento "Veta, Dilma", garantiu que está confiante no veto da presidente Dilma Rousseff: "sou a favor de que se reveja a lei que divide os novos contratos. Se ela, vetar parcialmente, não alterando os contratos já estabelecidos, já será um grande benefício para o nosso Estado, embora ainda, assim, tenhamos enormes perdas".
Entre os políticos que participaram da passeata, estavam o prefeito do Rio, Eduardo Paes; o senador Francisco Dornelles, o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, a prefeita de São Gonçalo, Aparecida Panisset; os prefeitos eleitos de Niterói e São Gonçalo, Rodrigo Neves e Neilton Mulim; os deputados Felipe Peixoto, André Lazaroni, Comte Bittencourt, Bernardo Rossi, Marcelo Freixo. A atriz Fernanda Montenegro também esteve presente na manifestação.

Visitem a progressista e acolhedora Santa Maria Madalena


domingo, 25 de novembro de 2012

Casablanca: o mais romântico dos filmes: 70 anos

Casablanca é a maior cidade de Marrocos (fundada no Século VII pelos bérberes, um povo do Norte da África). A área onde está situada foi colonizada, inicialmente, pelos bérberes no século X a.C. e depois, ocupada pelos fenícios, romanos, muçulmanos, portugueses, espanhóis e franceses, de quem se tornou independente em 2 de março de 1956. Conta com o maior porto da África e o maior centro comercial e industrial da região marroquina. Ali vivem cerca de 5, 5 milhões de pessoas, de diversas raças.
Casablanca vive da fama de ser uma cidade aberta a povos de todo o mundo, comerciantes, industriais, aventureiros e até mesmo em tempos idos, de piratas. No século XIX, chegou a ser um dos maiores exportadores de lá para a industria têxtil. Hoje, suas atividades maiores são a pesca, o tabaco e o artesanato. Em 1775, foi completamente destruída por um terremoto, mas conseguiu se recuperar. Essa é Casablanca, tema de um dos mais românticos filmes de todos os tempos.

                                                              Ilsa e Rick

No Cinema
O filme "Casablanca" completará, amanhã, segunda-feira, dia 26 de novembro, 70 anos, desde que foi filmado nos estúdios da Warner Bros, em 26 de novembro de 1942, pelo produtor Hall B. Wallis, com direção de Michael Curtiz e música de Max Steiner. Será exibido no canal 44 (TCM), às 14 horas.
Ainda hoje, 70 anos decorridos, é considerado o segundo melhor filme, de uma relação de 100 filmes, escolhidos por especialistas do setor, em 1997.
É a história do americano Rick Blaine, interpretado pelo ator Humphrey Bogart, que se estabelece em Casablanca, com o seu "Bar do Rick", a mais frequentada casa noturna da cidade, por bons e maus elementos. Rick é um sujeito introvertido, que não se mistura aos clientes, mantendo apenas amizade com seu pianista Sam (Dooley Wilson) e com o chefe de polícia, o Capitão Louis Renault (Claude Rains).
Repentinamente, surge no Bar do Rick, a causa dos seus males. Uma antiga paixão de París, a bela Ilsa Lund (Ingrid Bergman). Que reacende os seus românticos sentimentos. Mas, ela está acompanhada de seu marido, Vitor Laslo (Paul Henreid), um dos líderes da resistência tcheca contra a ocupação alemã.
A trama se desenrola com os demais personagens, o Major do Reich, Strasser (Conrad Veidt); o malfeitor Ugarte (Peter Lorre) e suas cartas de trânsito livre na área dominada pelos alemães. O amor floresce entre Rick e Ilsa, mas há muito mais em jogo.
Vale a pena se ver o filme... E, se curtir a música-tema do filme, "As Time Goes By", com o pianista Sam - o símbolo do amor vivido em Paris, pelos principais personagens -.
Canção que também pode ser ouvida nas vozes dos cantores Frank Sinatra, Nat King Cole e Louis Armstrong.

N.R. Não me lembro de quantas vezes vi "Casablanca". Mas, é sempre muito bom deixar que o romantismo aflore em nosso ser. Recomendo...

sábado, 24 de novembro de 2012

Macarrão é condenado a 15 anos de reclusão

Luiz Henrique Romão, o "Macarrão", amigo de infância do ex-goleiro do Flamengo, Bruno,  foi condenado nessa madrugada do dia 24, a 15 anos de reclusão, por um corpo de jurados, composto por seis mulheres e um homem. Ele foi considerado culpado dos crimes sequestro, cárcere privado e morte da modelo Eliza Samúdio, ex-amante de Bruno e, também, por sequestro e cárcere privado do menor Bruninho (hoje, com dois anos e meio), filho de Bruno e Eliza.
A condenação ficou mais fácil quando "Macarrão", visando a diminuição de sua pena, de 15 anos, para 12 anos, confessou o sequestro e a morte de Eliza. No seu depoimento, incriminou ainda o goleiro Bruno, apontando o ex-policial Marcos Aparecido Santos, o "Bola" como o autor da morte de Eliza, por estrangulamento. "Macarrão" está preso desde 2010.
O júri condenou, também, a ex-amante de Bruno, Fernanda Castro, a cinco anos em regime semi-aberto, pelos crimes de sequestro e cárcere privado. 
Com os problemas que surgiram durante o julgamento, devido as desistências de advogados, a juíza Marixa Fabiane, remarcou para 4 de março de 2013, os julgamentos de Bruno, Marcos Aparecido dos Santos (Bola) e da ex-mulher de Bruno, Dayane de Souza.

Nota do Redator

Não discuto o resultado, porque Macarrão resolveu confessar. Apenas, tenho as seguintes dúvidas: a) sem a confissão, já que não existe corpo, como se comprovar tecnicamente que Eliza está realmente morta?. b) qual o critério de escolha de seis mulheres no júri e apenas um homem. Isso, não beneficiaria a acusação, já que a vitima é uma mulher?.
Senhores Advogados e Juristas: peço esclarecimentos.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Zumbi dos Palmares - o herói quilombola - 20 de novembro

O Quilombo dos Palmares, destinado a abrigar os escravos fugidos das fazendas no tempo do Brasil Colonial, surgiu em 1600, na Serra da Barriga, no Estado do Alagoas. Em 1655, nasceu Zumbi dos Palmares, que se tornou o líder quilombola a partir de 1673, quando lutou e derrotou tropas portuguesas, visando o término da escravidão, da liberdade de culto e da prática da cultura africana. Seu nome, - Nzumbi - origina-se do quimbundo, que significa "duende", "espectro" ou "fantasma".
As derrotas sucessivas das tropas portuguesas levaram o governador de Pernambuco, Pedro de Almeida, a oferecer o perdão e a liberdade aos negros do quilombo. O líder de Palmares, Ganga Zumba aceitou, mas Zumbi, não, pois queria a liberdade de todos os negros. Daí prá frente, Zumbi substitui Ganga Zumba e se lança à luta.
Zumbi dos Palmares somente foi derrotado em 6 de fevereiro de 1694, pelo bandeirante paulistano Domingos Jorge Velho, que destruiu Palmares, saindo ferido da batalha. Em 20 de novembro de 1695, tropas comandadas pelo Capitão Furtado de Mendonça, atendendo a denúncia denunciado de um seu antigo companheiro, Antonio Soares, prendem o líder negro que é morto, tem o seu corpo esquartejado e a sua cabeça cortada, salgados, e expostos em praça pública, em Olinda, Pernambuco.
O Imperador Dom Pedro II premiou o Capitão Furtado de Mendonça com 50 mil réis, por ter prendido e morto Zumbi dos Palmares. Ao expor o seu corpo em praça pública, alegou ser "uma forma de mostrar aos negros de que ele não era imortal", conforme apregoavam seus seguidores.

No Brasil

Em 10 de novembro de 2002, a presidenta Dilma Roussef sancionou a Lei 12.519, instituindo o Dia Nacional de Zumbi dos Palmares e da Consciência Negra (que já era comemorada desde 1970), para ser festejado no dia 20 de novembro.
Uma justa homenagem a um grande guerreiro, um verdadeiro lider da raça negra no Brasil.

N. R.
Mais uma vez, peço desculpas por intrometer-me em seara alheia. Que me perdoem os historiadores!.

Dia da Bandeira: 19 de novembro

Muitas pessoas desconhecem que hoje, 19 de novembro, se comemora o Dia da Bandeira, que foi criada quatro dias após a Proclamação da República, em 15 de novembro de 1889.
Antes, a Bandeira fora desenhada pelo pintor, desenhista e professor francês Jean Baptiste Debret. Com o término do período imperial, foi redesenhada pe

lo pintor e escultor brasileiro Décio Villares.
O verde representa as nossas matas; o amarelo, o nosso ouro, as nossa riquezas; o azul, o nosso céu e os rios. O branco - divergem alguns historiadores - foi um espaço criado para se escrever a palavra Ordem e Progresso, e não para simbolizar a Paz. Não sendo historiador, não me meto nessa "briga".
Na Bandeira Nacional existem 27 estrelas, que representam os Estados Brasileiros (antes, eram 21) e o Distrito Federal. Na Bandeira do Império, o verde e o amarelo representavam a Casa Real de Bragança, do Imperador Dom Pedro I, e a Casa Real dos Habsgurgm da Imperatriz D. Leopoldina.
Quando hasteada (aí, falo como Mestre de Cerimonial), a Bandeira Nacional é a primeira a subir (no centro) e a última a descer do mastro. A Bandeira do Estado é colocada à direita e a Bandeira Municipal á esquerda.
Perdoem as minhas falhas, senhores historiadores...





N.R. Infelizmente, hoje, não existe a cerimônia diária nas escolas, de se hastear o Pavilhão Nacional e de serem cantados o Hino Nacional e o Hino à Bandeira, como no meu tempo de escola primária. Poucos estabelecimentos de ensino mantém a tradição, que só  é seguida, fielmente, entre as corporações militares.

domingo, 11 de novembro de 2012

Condenados e absolvidos do Mensalão

Condenados do Mensalão e suas penas ainda incertas 

Ministros ainda decidirão as penas finais de cada réu. Existem muitos impasses
sobre a forma de se proceder aos cálculos. Penas poderão ser diminuídas.

José Dirceu, ex-ministro da Casa Civil.- 10 anos e 10 meses
de reclusão em regime fechado + Multa de R$ 676 mil. Definitiva.
Inelegível até 2031.

José Genoino, ex-presidente do PT.- 6 anos e 11 meses 
em regime semi-aberto + multa de R$ 468 mil. Definitiva

Delúbio Soares, ex-tesoureiro do PT. - 8 anos e 11 meses,
em regime fechado + multa de R$ 325 mil. Definitiva.


Kátia Rabello, ex-presidente do Banco Rural.- 16 anos e oito
meses em regime fechado + multa de R$ 1, 5 milhão.
Definitiva.

Valdemar Costa Neto - deputado federal - PR-SP -
7 anos e dez meses de prisão e 190 dias-multa de
10 salários-minimos cada. Vai cumprir pena em 
regime semi-aberto, porque a condenação foi 
inferior a oito anos. Definitiva

Bispo Rodrigues - ex-deputado federal  - PL-RJ
três anos. Definitiva

Deputado João Paulo Cunha (PT-SP). - 34 anos

Marcos Valério, empresário e publicitário. - 43 anos

Ramon Hollerbach, ex-sócio de Marcos Valério. - 43 anos

Cristiano de Mello Paz, ex-sócio de Marcos Valério. - 37 anos

Henrique Pizzolato, ex-diretor do Banco do Brasil. - 34 anos

Rogério Tolentino, advogado e ex-sócio de Marcos. - 25 anos

Valério Simone Vasconcelos, ex-gerente da SMP - 31 anos
.
Vinícius Samarane, vice-presidente do Banco Rural. - 28 anos

José Roberto Salgado, ex-diretor do Banco Rural. - 31 anos

Roberto Jefferson, deputado cassado (PTB-RJ).- 22 anos

Jacinto Lamas, ex-tesoureiro do PL - 25 anos
.
Pedro Corrêa, deputado cassado (PP-PE).- 25 anos

João Cláudio Genú, ex-assessor do PP na Câmara - 25 anos

José Borba, ex-deputado (ex-PMDB-PR).- 12 anos

Romeu Queiroz, ex-deputado (PTB-MG).- 22 anos

Carlos Alberto Rodrigues, ex-deputado (PL-RJ) - 22 anos
.
Enivaldo Quadrado, ex-sócio da corretora Bônus-Banval.- 13 anos

Breno Fischberg, ex-sócio da Bônus-Banval.- 10 anos

Emerson Palmieri, ex-tesoureiro do PTB.- 10 anos

Pedro Henry (PP-MT) - 25 anos


ABSOLVIDOS DO MENSALÃO

Silvio Pereira - Delação premiada

Luiz Gushiken

José Jatene - Morreu em 14/09/2010 - não chegou a ser julgado

Carlos Alberto Quaglia

Antonio Lamas

Paulo Rocha - os empates no julgamento o beneficiaram

Anita Leocádia

Luiz Carlos da Silva - professor Luizinho -

João Magno - os empates no julgamento o beneficiaram

Anderson Adauto - os empates no julgamento o beneficiaram

José Luiz Alves

José Eduardo de Mendonça - Duda Mendonça -

Zilmar Fernandes

Geiza Dias

Ayana Tenório


Nota do Redator

Há meses iniciado no Supremo Tribunal Federal (STF), o julgamento do Mensalão ainda está distante de ser encerrado. Há controvérsias entre os Ministros, sobre a pena total a ser aplicada a cada réu condenado, e as discussões entrarão por 2013.
E, não terminará aí: os advogados entrarão com muitos recursos sobre as condenações, se foram totalmente justas ou injustas, sobre a forma de se cumprir as penas e as atenuantes.