quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

TEATRO AMAZONAS: A cultura em DESTAQUE

Situado na cidade de Manaus, no Estado do Amazonas, o Teatro Amazonas é um dos mais belos ambientes artísticos dos Estados Brasileiros. Foi construído com orçamento financeiro no período áureo da extração da borracha no Brasil, e é o segundo maior teatro da Amazônia, sendo superado apenas pelo Teatro da Paz existente em Belém do Pará.
No ano de 1881, o deputado estadual A. J. Fernandes Júnior apresentou um projeto de lei, para a construção de um teatro em alvenaria, na Capital do Estado do Amazonas, Manaus. A proposta foi aprovada pela Assembléia Provincial do Amazonas.
Manaus, que vivia o auge do ciclo da borracha, era uma das mais prósperas cidades do mundo, embalada pela riqueza advinda do látex da seringueira, produto altamente valorizado pelas indústrias européias e americanas. A cidade necessitava de um lugar onde pudessem se apresentar as companhias de espetáculos estrangeiras e a construção do teatro, assim, era uma exigência da época.
O projeto arquitetônico escolhido foi o de autoria do Gabinete Português de Engenharia e Arquitetura de Lisboa, em 1883. No entanto, em meio às discussões a respeito do local para a edificação e os custos da obra, a pedra fundamental só foi lançada em 1884.
As obras transcorreram de forma lenta e somente no governo de Eduardo Ribeiro, no apogeu do ciclo da borracha, a construção tomou impulso. Foram trazidos arquitetos, construtores, pintores e escultores da Europa para a realização da obra. A decoração interna ficou ao encargo de Crispim do Amaral, com exceção do salão nobre, área mais luxuosa do prédio, entregue ao artista italiano Domenico de Angelis. A sala de espetáculos do teatro tem capacidade para 701 pessoas, distribuídas entre a platéia e os três andares de camarotes. O teatro foi finalmente inaugurado no dia 31 de dezembro 1896.
No salão nobre, com características barrocas, destaca-se a pintura do teto, denominada "A Glorificação das Bellas Artes na Amazônia", de 1899, de autoria de Domenico de Angelis. Destacam-se os ornamentos sobre as colunas do pavimento térreo, com máscaras em homenagem a dramaturgos e compositores clássicos famosos, como Ésquilo, Aristóphane, Moliére, Rossini, Mozart, Verdi e outros..
Sobre o teto abobadado estão afixadas quatro telas pintadas em Paris pela Casa Carpezot - a mais tradicional da época -, onde são retratadas alegorias à música, dança, tragédia e uma homenagem ao grande compositor brasileiro Carlos Gomes. Do centro, pende um lustre dourado com cristais, importado de Veneza, que desce até ao nível das cadeiras para a realização de sua manutenção e limpeza.
Destaca-se, ainda na sala de espetáculos, a pintura do pano de boca do palco, de autoria de Crispim do Amaral, que faz referência ao encontro das águas dos rios Negro e Solimões. O teatro possui diversos ambientes, concebidos com diferentes materiais, daí ser considerado um espaço sobremaneira eclético.
É, sem dúvida, o mais importante prédio da cidade, não somente pelo seu inestimável valor arquitetônico, mas principalmente pela sua importância histórica, uma prova viva da prosperidade e riqueza vividos na fase áurea da borracha. O teatro é referência para espetáculos regionais, nacionais e internacionais. Já passaram pelo palco do Teatro Amazonas:Margot Fonteyn, Christoph Schlingensief e Roger Waters.
Fontes diversas

N.R. Dentro de alguns dias viajo para Manaus, a fim de rever meus filhos Fabrício (minha nora Carol), e Rafael, meus netos Felipe e Ana Clara, familiares deles e amigos que fiz em viagens anteriores.
Manaus é uma cidade progressista, encantadora, e sem violência. Sua população é estimada em quase dois milhões de pessoas. Residem, ali, além dos manauaras (os que nascem em Manaus), muitos nordestinos, bem como pessoas de outras cidades do Norte do País. Na totalidade, o povo é trabalhador, pacifico e acolhe bem os seus visitantes.
Sua cultura é enorme, a noite nada fica a dever aos grandes Centros do País, como o Rio e São Paulo. E, os Distritos Industriais ajudam a alavancar o desenvolvimento da terra e do País.
Seus rios, entre os quais, o Negro e o Solimões que formam o Amazonas (o mais caudaloso do mundo), o Encontro das Águas, a Pororoca, a Floresta (em que pese a destruição que cresce a cada dia), sua fauna e sua flora, as quedas d´água, o bairro de Ponta Negra (uma replica menor de Copacabana), tudo encanta o visitante. Até as vorazes piranhas...

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