domingo, 26 de dezembro de 2010

São Gonçalo tem Relógio do Sol


RELÓGIO DO SOL É REINAUGURADO

Após um dos dias mais quentes do ano, na última terça-feira (21/12), a Praça Ayrton Senna, localizada no bairro Parada 40, em São Gonçalo, ficou cheia de gente para prestigiar a reinauguração do Relógio do Sol. A solenidade teve apresentações de teatro e música e foi marcada pela presença de autoridades, como o presidente da Fundação de Artes de São Gonçalo (Fasg) e secretário municipal de Cultura e Turismo, Carlos Ney, além de artistas, como o fundador da obra, há 20 anos, Décio Machado.

Primeiro foi preciso esperar o sol e a temperatura baixar um pouco. E o tempo ajudou. Assim, por volta das 20h, alunos do Núcleo de Teatro da Fasg, coordenado pela professora Suani Armond, iniciaram o evento, ao apresentar esquetes da peça teatral “E nós criamos o mundo”.

Também foi apresentado ao público um minueto de violinos, com as músicas Pompas Circunstâncias (Johan Sebastian Bach) e as canções natalinas Glória e Deck the halls. O número teve a supervisão e participação do professor de violino da Escola Municipal de Música Pixinguinha (EMMP), Rafael Machado. O centro de ensino musical também enviou alunos do minicoral, que surpreenderam ao cantar Como é grande o meu amor por você, de Roberto Carlos, além de uma canção natalina – sob a regência da professora Kenya Campos. Nos teclados, o professor Leandro Campanate.

A iniciativa reuniu políticos e empresários, mas, sobretudo, ressaltou a preocupação dos órgãos municipais de cultura e turismo de valorizar o que é de São Gonçalo.

Da Fasg, estiveram presentes o presidente da entidade, também secretário de Cultura e Turismo, Carlos Ney, a diretora da Casa das Artes Villa Real, Denise Velasco, o diretor da EMMP, Nilson Santiago, o superintendente de Letras, Marcos Vinícius Varela, e o superintendente de Operações Culturais – fundador do relógio do sol de São Gonçalo, Décio Machado.

A coordenadora dos clubes de astronomia de Magé e de Niterói, Noeli Piedade de Almenida, também prestigiou o evento. O cerimonial foi realizado pelo jornalista Assueres Barbosa.


HISTÓRIA – Pouca gente sabe, mas São Gonçalo possui o único relógio do sol vertical, com duas faces, do mundo. Inaugurado em 30 de setembro de 1990, o monumento acabou sendo depredado. Segundo revela o autor do projeto, o historiador e escritor Décio Machado, o relógio do sol de São Gonçalo é único no planeta e foi construído em homenagem ao centenário da emancipação política administrativa do município. Desta forma, no dia 30 de setembro de 1990, a iniciativa se concretizou.

“Estou muito feliz com essa conquista, que não é só minha, mas de todo povo gonçalense. Agradeço ao apoio de muitas pessoas, como o amigo da empresa Mundo do Acrílico, que forneceu o material usado na reforma, e a prefeitura da cidade”, disse Décio Machado, bastante emocionado por ver novamente sua criação em estado de nova.

Construído ao ar livre, o relógio foi inspirado em uma criação chinesa, exposta há cinco mil anos. A ideia foi homenagear o centenário de emancipação política de São Gonçalo, datada em 1990.

São Gonçalo, 22/12/2010
Fonte: Secretaria de Cultura e Turismo
Autor: Patrick Guimarães

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Prêmio UFF de Literatura

Festa no anúncio dos vencedores

do Prêmio UFF de Literatura 2010

Os paulistas abocanharam os primeiros lugares do Prêmio UFF de Literaturadeste ano, em todas as categorias: Rosana Banharoli, vencedora em Poesia, mora em Santo André, e Afonso Caramano, que levou o Troféu Itapuca na modalidade Crônica, em Jaú, enquanto Luiz Fernando Bolognesi, que teve o conto “50 Anos...classificado em primeiro, veio de Itu especialmente para a cerimônia de entrega do prêmio, realizada no dia 17 de dezembro, no campus do Gragoatá.

A festa contou com a encenação dos textos premiados, entrega de troféu e de um notebook aos primeiros colocados, além do lançamento da coletânea com os 20 textos selecionados em cada gênero. Em sua quarta edição, o prêmio, promovido pela Editora da UFF com o patrocínio da Imprensa Oficial do Estado do Rio de Janeiro, integrou as comemorações pelos 50 anos da Universidade Federal Fluminense.

Ter a minha crônica publicada no ano do Jubileu da UFF é uma honra”, declarou Afonso Caramano, durante o coquetel servido após o anúncio do resultado do concurso. Para Rosana Banharoli, o Prêmio UFF representa “o respeito aos escritores ainda anônimos”. Para Luiz Fernando Bolognesi, cujo conto encenado pelos ex-alunos do Curso de Atores UFF, sob a direção de Leonardo Simões, que recebeu aplausos entusiasmados da platéia, a boa classificação serve de incentivo ao seu trabalho como escritor: "A gente sempre tem aquela dúvida se o que estamos escrevendo é bom, se alguém vai querer ler... Este prêmio é um estímulo para os escritores. Ele me trouxe um retorno positivo sobre o que escrevo."

O incentivo aos novos autores é o principal objetivo do prêmio, segundo o diretor da Editora da UFF, professor Mauro Romero Leal Passos. A escritora Sônia Peçanha, coordenadora do projeto, acredita que o prêmio se fortaleceu ao longo de suas edições, motivo pelo qual atualmente o júri recebe textos de todo o Brasil e até mesmo do exterior. Confira, abaixo, o resultado do Prêmio UFF de Literatura 2010.



Poesia

1° Lugar . Rosana Banharoli

2° Lugar . Thiago Oliveira de Carvalho

3° Lugar . Sebastião Bonifácio Junior

Menção Honrosa

Alfredo Dolcino Motta

Carlos Pessoa Rosa

Daline Rodrigues Gerber

Daniela Biason Gomes Diana

Danilo Gustavo Asp

Diana Moreira de Souza Assis Vieira

Eliete Costa

Isabel Florinda Furini

Ivy Gomide

Jivago Medeiros

José Carlos Aragão

Marcio Dison da Silva

Marco Antonio Sloboda Cortez

Nathan Menezes Amarante Teixeira

Nilson de Carvalho Lattari

Rogerio Luz 223

Valéria Mares Alvares

Crônica

1° Lugar . Afonso Caramano

2° Lugar . Jean Marcel Silveira Gomes

3° Lugar . Alvaro Luiz Lutterback Dutra Dias

Menção Honrosa

Adelaide Maria Assunção de Miranda

Alberto Leôncio Martins Neto

Alfredo Dolcino Motta

André Kondo

Carlos Augusto Decúpero

Carlos Benites de Azevedo

Celso Lopes

Claudete A. Segalin de Andrade

Daline Rodrigues Gerber

Elias Antunes

Gloria Maria Chimenti Leão

Jorge Luiz Rodrigues

Luiz Gondim de Araujo Lins

Maria Apparecida S. Coquemala

Maria Elisa Souto Bessa

Valéria Áureo Cerqueira de Souza Lima da Fonseca

Valter Morigi

Conto

1° Lugar . Luiz Fernando Bolognesi

2° lugar . Henrique Bon

3° Lugar . Paulo Eduardo Mauá

Menção Honrosa

Alfeu Valença

Bethânia Pires Amaro

Carlos Pessoa Rosa

Celso Lopes

Claudete A. Segalin de Andrade

Eduardo Junqueira

Elias Ferreira Gomes

Fernanda Marra

Filipe Ferreira Galvão

Jean Marcel Silveira Gomes

Margareth de Oliveira Timoteo

Maria Apparecida S. Coquemale

Maria de Fátima Pinheiro Costa

Mônica Leite Costa

Paulo Virgilio D’Auria

Raimundo Nonato Albuquerque Silveira

Walther Moreira Santos


N.R. Release enviado pela assessora de Comunicação Social da Editora - UFF - jornalista Ana Paula Campos.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Incêndio do Circo completa 49 anos dia 17 (sexta-feira).


O dia 17 de dezembro de 1961 era um dia muito quente. A temperatura rondava os 40 graus. Eu, curtia o domingo assistindo uma partida de futebol no campo do Fonseca Atlético Clube, quando fui alertado por uma emissora de rádio, que o Grand Circus Norte Americano instalado na Praça do Expedicionário, em Niterói -onde hoje funciona um Centro Médico do Exército - estava pegando fogo. Ele, que havia sido inaugurado dois dias antes (15/12/1961).
O incêndio começou no momento em que os trapezistas iriam iniciar o perigoso salto triplo. Ao grito de "incêndio", todos começaram a correr em diversas direções. Ainda cheguei a tempo de ver as labaredas, a fumaça, a correria e o desespero das pessoas, a maior parte com queimaduras, que saiam aos gritos, por um buraco aberto por um elefante, que salvou muita gente, mas que também matou, pisoteando-as. Também vi corpos e mais corpos estendidos no interior do circo e, até mesmo sentados nas cadeiras. Todos que haviam ido se divertir com os palhaços, os trapezistas e os animais, na base da pipoca e do sorvete.
Foi iniciado o rescaldo pelo Corpo de Bombeiros, e o atendimento aos sobreviventes que eram conduzidos aos Hospitais Antônio Pedro, Santa Cruz, Azevedo Lima, Maritimos e para a Santa Casa de Misericórdia, enquanto os corpos dos que morreram eram levados em caminhões para o Ginásio Caio Martins e para o IML a fim de serem reconhecidos e depois sepultados. Muitos foram colocados nos frigoríficos da Indústria Maveroy (que produzia a geladeira Kelvinator), para serem conservados até o sepultamento.
Ás lágrimas escorriam por todos os rostos. Os cirurgiões plásticos Ivo Pitangui e Carlos Caldas, diversos médicos, enfermeiros e voluntários desdobravam-se nos atendimentos. Fui voluntário durante 15 dias no Azevedo Lima, cujo diretor era o saudoso médico Carlos Guida Risso.
A solidariedade do nosso povo e até mesmo internacional, foi enorme. A todo instante chegavam medicamentos,ataduras, alimentos, água. As pessoas corriam de um lado para o outro tentando ajudar de alguma forma. Decorridos tantos anos, ainda não se chegou ao número exato dos que perderam as suas vidas. Dizem que "na maior tragédia em circuito fechado" o número estimado de mortos oscila entre 350 e 400, dos quais 70% eram crianças.
Os culpados foram descobertos: Adilson Marcelino Alves, o Dequinha - condenado a 16 anos e mais seis em manicômio judiciário, que terminou assassinado mais tarde quando fugiu da cadeia - o mentor do crime, porque havia sido despedido do circo; José dos Santos, o Pardal -16 anos e mais um ano em colônia agrícola - e Walter Rosa dos Santos, o Bigode -14 anos e mais um ano em colônia agrícola -. Bigode comprou a gasolina e a jogou sob a lona e Dequinha ateou fogo.
Em São Gonçalo, o então prefeito Geremias de Mattos Fontes desapropriou parte das terras de propriedade do Palacete do Mimi, no bairro Estrela do Norte, e mandou construir o Cemitério de São Miguel, onde foram sepultadas vitimas do incêndio.Uma tragédia que nunca será esquecida!
Durante muitos anos o trauma impediu que crianças e adultos assistissem qualquer espetáculo circense em Niterói e São Gonçalo. Decorridos 49 anos, minha memória ainda está bem nítida em relação à tragédia. Ainda recordo do corpo de uma criancinha, de aproximadamente, dois ou três anos de idade, que morreu pisoteado por um elefante.
N.R. Recentemente, o Departamento de História da UERJ - Patronato - editou um documentário sobre o assunto e fui um dos entrevistados, bem como os médicos Ivo Pitangui, Carlos Caldas, e, os jornalistas Carlos Ruas e Mário Dias.

Texto da foto: Os trapezistas se preparam para a apresentação do salto triplo - a maior atração, mas a mais perigosa -. Nesse instante, alguém gritou: "o circo está pegando fogo". Estabeleceu-se então o pânico. Era o início da tragédia...

Foto: Departamento de Imagem Oral da Universidade Federal Fluminense - UFF -.

sábado, 11 de dezembro de 2010

Rotarianos e Engenheiros premiam personalidades

O Rotary Clube Paraiso, presidido pelo advogado Mário Henrique Gonçalves Palma, e a Associação Gonçalense de Engenheiros e Arquitetos, presidida pelo engenheiro Luiz Carlos Silva, realizaram na última quarta-feira, dia 08 de dezembro, nos salões da Casa de Festas 40 Graus, uma solenidade (com coquetel e música a cargo do cantor Luiz Cláudio, que atuou nos conjuntos "Lafaiete" e "Os Lobos" e na Orquestra de Waldyr Calmon), destinado a homenagear personalidades que trabalham em prol do desenvolvimento do município de São Gonçalo.
Tive a honra de ser o homenageado principal da festividade. O Rotary e a AGEA entregaram-me Diplomas, nos quais, são citadas as frases: "por sua excelência profissional ao longo dos seus 50 anos (Jubileu de Ouro) de jornalismo". Confesso que fiquei muito feliz, por estar no meio de profissionais da mais alta qualidade, sendo por eles lembrado.
Entre os demais homenageados, estavam os geógrafos Francisco Lopes de Araújo e Jorge Azeredo Coutinho; engenheiros Edson Ezequiel de Matos (que foi prefeito de São Gonçalo por duas vezes e é deputado federal, representado pelo engenheiro Marco Aurélio Chacon), Olímpio (presidente do Sindicato dos Engenheiros e Arquitetos), José Chacon (presidente da Associação Fluminense de Engenheiros e Arquitetos - AFEA-), Agostinho Guerreiro (presidente do Conselho Regional de Engenheiros e Arquitetos - CREA-) e, Aluízio Belarmino de Mattos (homenagem póstuma).
Entre os presentes, estavam o governador assistente do Rotary, Distrito 4750, Miguel Mendonça; o secretário municipal de Planejamento, Luiz Paiva -representando a prefeita Aparecida Panisset-; advogado Claudio (OAB-SG); Arquiteta Roberta (Uerj-Patronato); advogada Lecilda; jornalistas Renata Idalgo (assessora de Imprensa do CREA) e João Simões; professor, rotariano e adesguiano Altivo Aleixo.
No meu discurso, em agradecimento, fiz questão de enfatizar o orgulho de ser homenageado, citando o fato de que na minha carreira profissional, sempre fiz questão de fazer amizades, mas entendendo sempre que o mais importante é preservá-las.