terça-feira, 4 de setembro de 2012

Santiago de Compostela: um sonho realizado!.

  
                                                               Apóstolo Thiago  
                                                              Capela de Pedras


                                                        Escritor e poeta gonçalense
                                                                 Nelson Moreira          

Um sonho que durou 25 anos, foi finalmente realizado em 2007. O escritor e poeta gonçalense Nelson Moreira, membro da Igreja Nossa Senhora da Conceição, sediada no bairro Pachecos, percorreu a pé, durante 35 dias, os 800 kms do Caminho Santiago de Compostela, saindo de avião do Rio de Janeiro, com destino à Madrid, na Espanha, de onde seguiu viagem para Pamplona e a seguir para San Jean Pied de Port, na França.
O seu caminhar em direção a Santiago de Compostela começou, ao atravessar os Montes Pireneus, até chegar na primeira etapa de sua viagem, na cidade de Roncesvales, na Espanha, totalizando 25,07 kms, onde pernoitou pela primeira vez. 
Daí em diante, sempre caminhando, passou pelas cidades de Larrasoña, Pamplona, Puente de La Reina x Eunate, Estella, Los Arcos, Logroño, Nájera, Santo Domingo de Calzada, Belorado, San Juan de Ortega, Burgos, Hontanas, Boadilla Del Camino, Carrion de Lon Condes, Terradillo dos Templários, El Burgo Ranero, Leon Villar de Mazante, Astorga, Foncebadon, Ponterradam, O Cedreiro, Sarria, Portomarim, Palas do Rei, Aruzua, Arca e, por  fim, Santiago de Compostela.
O Caminho de Santiago de Compostela atravessa antigas calçadas romanas, pontes e cidades medievais, povoados e ermidas, além das mais grandiosas Catedrais da Europa. É aberto a todas as religiões seitas. Hoje, é um dos principais roteiros turísticos da espanha.

O Peregrino Nelson
Filiado à Associação Brasileira dos Amigos do Caminho de Santiago, Nelson Moreira, com a Credencial de Peregrino, pernoitou em albergues pelas cidades que passou, pagando um custo mínimo por hospedagem. Recebeu a primeira benção do Peregrino, em Roncesvales, após missa rezada em latim por padres locais, ao som de cânticos gregorianos. 
Depois, em Santiago de Compostela, no término de sua peregrinação, recebeu outra benção e a "Compostelana", um documento fornecido pela Igreja Católica a todos que cumprem o percurso. Para voltar ao Rio de Janeiro, Nelson viajou de trem, de Santiago à Madrid e depois, de avião.
Feliz, Nelson afirmou que "realizei um sonho que acalentei durante 25 anos. Fui em busca do auto-conhecimento, ao encontro da natureza, de outras línguas e culturas. Mas, o meu desenvolvimento interior só se completou, quando cheguei ao túmulo do Apóstolo Thiago, o Pescador".

História
Logo após a crucificação de Jesús, em Jerusalém, no início de Era Cristã, o Apóstolo Thiago, pescador do lago Tiberíades, irmão de João Evangelista, filho de Zebedeu e Salomé, escolheu a região da Ibéria, para pregar a palavra de Deus. Retornando à Palestina, sua terra natal, foi perseguido, preso e decapitado em Cesaréia,  a mando do Rei judaico Heródes Agripa, que não deixou que seu corpo fosse enterrado. 
Seus restos mortais, jogados fora dos muros da cidade, foram recolhidos pelos seus discípulos Atanásio e Theodoro, e levados para a cidade de Iria Flávia, hoje Padrón, às margens do Rio Ulla. Foi sepultado no bosque Libredón, hoje, região da Galícia, no ano 44 D.C.
Dez séculos depois, em 813, o seu jazigo foi descoberto, com o seu corpo totalmente intacto dentro de uma arca branca, totalmente coberta por conchas (vieiras). O local passou a ser conhecido como "El Campo de La Estrella" e ali, o Rei da Espanha, Afonso II, o "Casto", mandou erigir uma Capela de pedras e um Monastério. A partir de 951, começaram as  peregrinações ao túmulo de Thiago, e um guia de acesso foi escrito em 1131, pelo sacerdote francês Aymeric Picaud, por encomenda do Papa Calixto II.

Nota do Redator: 
Em um artigo anterior nesse blog, abordei o tema Santiago de Compostela. Lembrei-me depois, dessa viagem do escritor e poeta Nelson Moreira, que trouxe-me de Santiago, uma Vieira (concha branca), que guardo com carinho. 
Resolvi, então, republicar a matéria que escrevi no "Nosso Jornal de Notícias", em 2007.
Agradeço ao Mestre em Computação, Anderson Nunes, o envio das fotos que ilustram a matéria, bem como a minha Amiga, Márcia Sibélia, ambos do setor de Diagramação do Centro Cultural Joaquim Lavoura.
E, a professora Eliane, diretora da Biblioteca Municipal, e seus funcionários, que me possibilitaram a pesquisa em busca do antigo exemplar do jornal.
                                                                               

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