terça-feira, 21 de agosto de 2012

Ciência para crianças: Thomas Edison


Estudante de física cria livros de colorir
sobre eletricidade e a vida de Thomas Edison

Intrigada por não encontrar livros sobre ciências voltados para crianças em fase de alfabetização, Fernanda Camacho, estudante de Física da Universidade Federal Fluminense, resolveu se aventurar como escritora. Assim nasceram Elétron e seus amigos Fluorescente e Incandescente e Thomas Edison, o gênio da lâmpada, dois livretos de colorir que adaptam conceitos científicos a uma narrativa leve, a ser utilizada em atividades de conto e reconto de estórias.
Em Elétron e seus amigos Fluorescente e Incandescente, o personagem principal viaja até o planeta Teto para encontrar seus amigos Incandescente e Fluorescente. No caminho ele se perde, mas acaba chegando ao seu destino. Já em Thomas Edison, o gênio da lâmpada, a narração se concentra na infância do cientista e evolui até o momento em que ele tem a ideia da lâmpada elétrica, sua maior invenção.
O objetivo da autora é aproximar a criança e a ciência, sem abrir mão da diversão. O projeto ganhou ilustrações assinadas por Pedro Esteves, também estudante da UFF, e o apoio da editora da universidade. Os livros também são encontrados no formato e-book(editoradauff.com.br)
Thomas Edison, o gênio da lâmpada
Autora: Fernanda L. A. Camacho
Ilustrador: Pedro Esteves
Editora da UFF, 2012
R$ 6,00
Pág. 14
ISBN: 978-85-228-0696-6
Elétron e seus amigos Fluorescente e Incandescente
Autora: Fernanda L. A. Camacho
Ilustrador: Pedro Esteves
Editora da UFF, 2012
R$ 6,00
Pág. 14
ISBN: 978-85-228-0690-4



N.R. Release enviado pela Assessoria de Comunicação da Editora UFF.

domingo, 19 de agosto de 2012

STF decide o destino dos envolvidos no MENSALÃO!.

Os 11 Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) devem começar a declarar os seus votos, na próxima semana, no julgamento do famoso processo do "Mensalão", onde 37 réus - ex-ministros, ex-deputados federais, publicitários, dirigentes do Partido dos Trabalhadores (PT) e empresários, são acusados de diferentes crimes, entre os quais, corrupção, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha, em 2005, durante o governo Lula. Eles foram denunciados pelo Procurador Geral da República, Roberto Gurgel.
A votação foi iniciada na semana passada pelo ministro Joaquim Barbosa, relator da ação penal, que pediu a condenação dos réus. Agora, os outros ministros decidirão se acompanham o seu voto. O revisor do processo é o ministro Ricardo Lewandowski.
Os ministros do STF, são: José Dias Toffoly, 44 anos, com mandato até 2037; Gilmar Mendes, 56 anos, com mandato até 2025; Carmen Lúcia Rocha, 58 anos, com mandato até 2024; Joaquim Barbosa, 57 anos, com mandato até 2024; Luiz Fux, 59 anos, com mandato até 2023; Rosa Weber, 63 anos, com mandato até 2018; Ricardo Lewandowski, 64 anos, com mandato até 2018; Marco Aurélio Mello, 66 anos, com mandato até 2016; Celso de Mello, 67 anos, com mandato até 2015; Celso Ayres Brito, 69 anos, com mandato até 2012; Cezar Peluso, 69 anos, com mandato até 2012.
O ministro Cezar Peluso, ao completar 70 anos de idade, em 3 de setembro de 2012, será aposentado compulsoriamente, cabendo a presidente Dilma Roussef, nomear o seu sucessor. Também em 2012, o ministro Carlos Ayres Brito, atual presidente do STF completará 70 anos de idade, em novembro, e a exemplo de seu colega, Peluso, será aposentado. Em seu lugar, assumirá o ministro Joaquim Barbosa. 

OS RÉUS
Inicialmente, foram denunciadas 40 pessoas. O STF não aceitou a inclusão do nome do ex-presidente Lula, no processo, pedido pelo advogado do ex-deputado federal Roberto Jefferson. Mas, chegam ao julgamento, 37 dos acusados, porque o ex-deputado federal José Janene (PP-PR) faleceu em setembro do ano passado; o acusado Silvio Pereira fez um acordo com a Procuradoria Geral da União, sendo condenado a cumprir pena de serviços comunitários; e, o empresário Carlos Alberto Quaglia foi absolvido no STF, por falta de provas.
São eles: João Paulo Cunha, José Dirceu, José Genoino, Roberto Jefferson, Bispo Rodrigues, Luiz Gushiken, Kátia Rebello, Duda Mendonça, Marcos Valério, Valdemar Costa Neto, Delúbio Soares, Emerson Palmieri, Zilmar Fernandes, Cristiano Paz, Ramon Hollerbach, Henrique Pizzolato, Romeu Queiroz, José Borba, José Roberto Salgado, Vinícius Samarane, Geiza Dias dos Santos, Ayanna Tenório, João Magno, Simone Vasconcelos, Anderson Adauto, Rogério Tolentino, Paulo Rocha, professor Luizinho, Anita Leocádia, José Luiz Alves, Pedro Henry, Pedro Corrêa, João Cláudio Genu, Erivaldo Quadrado, Jacinto Lamas, Antonio Lamas, Breno Fischberg.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Rotary Club de São Gonçalo: homenagens!

O Rotary Club de São Gonçalo, sob a presidência do professor Helter Jerônimo Luiz Barcellos, realizou na última segunda-feira, dia 13 de agosto de 2012, uma sessão solene, a fim de homenagear o Dia dos Pais, ocorrido no último domingo, dia 12 de agosto, e, entregar título de "Sócio Honorário" ao  jornalista Assueres Barbosa, titular desse blog, por proposição do rotariano Vice-Presidente Josias Ávila Júnior, que foi aprovado pelo Conselho Diretor e pela Assembléia Geral daquele clube de serviços, por unanimidade. A honraria foi entregue a Assueres, pelo ex-presidente rotariano, Carlos Alberto.
O título de "Sócio Honorário" é a ,mais alta distinção que um Rotary Club pode oferecer. É dado apenas em, circunstâncias especiais, visando homenagear um sócio por seus excepcionais serviços prestados e à personalidades que contribuíram à causa do Rotary e à sociedade.
Na mesma reunião, o Rotary Club de São Gonçalo, homenageou com o título de "Pai do Ano", o rotariano, defensor público, escritor, pianista, compositor e cantor Roberto Célio de Araújo Baptista, que compareceu  à solenidade, em companhia de sua esposa, Idalina; o filho Célio e esposa, Paula; as filhas Cláudia Regina e Andréa; os netos Igor, Alana, Betina, Clarisse e Bernardo.
Coube ao presidente Helter Barcellos anunciar as duas homenagens, ocasião em que saudou-os em nome do Rotary. O vice-presidente Josias Ávila, que foi cumprimentado por estar completando 41 anos de vida em Rotary, proferiu discursos, ressaltando o porque da escolha do jornalista Assueres, aproveitando para homenagear seu companheiro Roberto Célio, lembrando passagens de vida e a amizade pessoal existente entre eles. 
Em sua homenagem, declamou duas trovas de sua autoria, a saber: 
"Ao próximo quero amar/ Obedecendo a Jesus/ Assim eu vou caminhar/ Buscando chegar na luz!".
"Sou Feliz!. Tenho Certeza/ Quando ajudo ao semelhante/ Vejo na vida, beleza/ Que quero e vou adiante".
O presidente Helter Barcellos realçou as campanhas que estão sendo encetadas pela Comissão de Serviços à Comunidade, presidida pela rotariana ex-presidente Elenice Baptista de Souza, a saber: a) apoio à casa da Amizafde; b) - apoio á Agenda 21; c) campanha de reflorestamento do Morro da Matriz; d) apoio à Escola Rotary; campanha em prol da construção urgente da Linha 3 do Metrô.
Rotarianos presentes à solenidade: Divaldo Cisneiros dos Santos, Noé Hermano, Carlos Augusto, Carlos Alberto, Antonio Baptista, Carlos Alberto, Altivo Aleixo, Evanildo Barreto, Sérgio Cardoso Lima, Eduardo Binkelmann Filho, Benilton. 



                                 Carlos Alberto entrega Diploma a Assueres Barbosa

                                   Roberto Célio e sua bela família

                                   Helter Barcellos homenageia Roberto Célio                                  

                                  Idalina lê o texto em homenagem ao seu esposo

                                 Helter Barcellos saúda Assueres Barbosa

                                  Josias Ávila saúda o "Pai do Ano" Rotário

                                O professor Evanildo Barreto conduziu  o protocolo

Texto: Assueres Barbosa
Agradecimentos:
Fotos: Larissa Fontes 
Apoio: Matheus Fontes            

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Lei Maria da Penha: seis anos

                                                       Maria da Penha Maia Fernandes
                                                                     Uma guerreira!                                 

A Lei 11.340/2006 Maria da Penha, sancionada em 07 de agosto de 2006, pelo presidente Lula, completou ontem, seis anos de criação. Seus objetivos: combater a violência física, psicológica, sexual, moral e patrimonial, contra a mulher, vitima na maior parte das vezes de seu próprio marido ou companheiro - 70% -, de familiares e vizinhos. A Lei prevê, ainda, que seja concedido abrigo às mulheres que, vitimas de violência familiar, são obrigadas a saírem de suas casas, muitas das vezes levando seus filhos.
Apesar da criação da Lei Maria da Penha, muitas das vitimas não registram queixas contra os seus agressores. E, muitas continuam a serem espancadas, maltratadas e a sofrerem todo tipo de humilhação. Umas por medo do agressor, outras, por vergonha de que seu problema seja exposto à publicidade. Os maiores registros de violência contra a mulher, estão no Distrito Federal, Pará, Espírito Santo, Bahia e Mato Grosso do Sul.
A Lei Maria da Penha surgiu por causa da coragem da biofarmacêutica cearense Maria da Penha Maia Fernandes, que em 1983, ao denunciar seu marido, o professor colombiano Marco Antonio Heredia Viveiros, por agressões e tentativas de morte por eletrocussão no chuveiro e por simulação de assalto em sua residência, violências que a tornaram paraplégica, se transformou no símbolo de luta da categoria.
Preso e julgado, o agressor Marco Antonio, foi condenado a 8 anos de prisão, dos quais só cumpriu 2 anos. Foi solto em 2002.
Hoje, aos 67 anos de idade, Maria da Penha Maia Fernandes é coordenadora de estudos da Associação de Parentes e Amigos de Vitimas da Violência, em Fortaleza, Ceará.

Providências
Ao ser agredida, a mulher deve telefonar imediatamente para a Central de Atendimento - 180- e comparecer a uma Delegacia da Mulher, onde prestará queixa contra o agressor (ou agressores). Imediatamente, será feito um Boletim de Ocorrência e providenciado exame de corpo de delito para abertura do processo criminal.
Quando a mulher não denuncia a primeira agressão, torna-se presa fácil, a violência progride, se torna cada vez mais frequente e, muitas vezes, tudo termina em morte. 
Importante se registrar, que também existem casos de agressões de mulheres contra homens, embora sejam menos comuns.

Nota do Redator: Muitos homens se tornam violentos em casa, por causa do uso do álcool, drogas, por problemas financeiros e relacionamentos fora do lar. Nesses momentos, contrariados, descarregam a sua raiva, espancando covardemente suas mulheres, companheiras e filhos. Não seja passiva!. Denuncie!.


Texto: Assueres Barbosa
Foto: Wikipédia, a enciclopédia livre

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Chiquinha Gonzaga: a vitória na luta contra a discriminação

Aos 18 anos de idade


 
Aos 78 anos
A história não fala dos covardes!. 

Entre tantas e valentes mulheres que combateram a discriminação em séculos passados, há que se forçosamente, registrar a história de uma mulher guerreira, que abandonando a riqueza, o luxo, a opulência, o conforto de vida familiar, e, lutando contra todo tipo de ação discriminatória, conseguiu com muita luta e sacrifício, ao final de tudo, a vitória pessoal e o reconhecimento da sociedade brasileira. 
Francisca Edwiges Neves Gonzaga, a Chiquinha Gonzaga, pianista, compositora, regente, autora de choros, valsas, polcas, maxixes, fados, quadrilhas, serenatas, músicas sacras, e a primeira mulher a reger uma Orquestra no Brasil, nasceu no Rio de Janeiro, em 17 de outubro de 1847 e morreu em 28 de fevereiro de 1935, filha do General do Exército Imperial Brasileiro, José Basileu Gonzaga e de Dona Maria Neves de Lima, uma negra de origem humilde. Era afilhada de Luís Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias.
Apaixonou-se pela música, ao ganhar um piano de seu pai, aos 9 anos de idade. Aos 11 anos, compôs a sua primeira canção. Casou-se muito cedo, aos 16 anos, com o oficial da Marinha Imperial, Jacinto Ribeiro do Amaral, com que teve três filhos: João Gualberto, Maria do Patrocínio e Hilário. 
A união não deu certo, porque Chiquinha insistia em participar de reuniões de lundu e umbigada, gêneros musicais originários da África. Sem que o marido soubesse, participava de reuniões do "Choro do Callado", na casa do flautista e compositor Joaquim Antônio da Silva Callado, - 1848 -1880 -, considerado o "Pai dos Chorões", que mesmo sendo casado com Feliciana, apaixonou-se por ela, sem ser correspondido, e que morreu aos 31 anos, vitima de meningite.
Chiquinha abandonou o lar em companhia de seu filho, João Gualberto, e passou a viver  da música, dando aulas de piano e vendendo na rua, as suas partituras, que começaram a fazer sucesso.
A sociedade não lhe perdoava o fato de ter abandonado o seu lar. Comentários desairosos eram ouvidos por toda parte. Seu pai, o coronel Basileu passou a considerá-la como morta, não permitindo que seu nome fosse citado em sua casa. E, nem deixava que Chiquinha visse sua filha, Maria do Patrocínio. Chiquinha passou a viver com seu filho João Gualberto, por quem se sacrificava para que nada lhe faltasse. 
Em 1867, reencontrou um grande amor do passado, o engenheiro João Batista de Carvalho, com quem teve uma filha, Alice Maria, que terminou por não ficar com ela.. O casamento não deu certo, porque João Batista era homem de muitas mulheres, mantendo principalmente um romance de idas e vindas com a atriz Suzete Fontaine, e Chiquinha não admitia dividi-lo com ninguém.  
Chiquinha Gonzaga conheceu em uma festa da corte imperial, o maestro Carlos Gomes, que compôs "O Guarani", a sua ópera mais conhecida, em 1870, por ela se encantou, chegando a comparecer a uma apresentação dos chorões do Callado, que se reuniam em uma confeitaria. Carlos Gomes entusiasmou-se por suas músicas e pela dança denominada de "parafuso" ou "enrosca".
O romance não prosperou porque Carlos Gomes teve que retornar à Itália, onde era casado. Mas, antes de partir, presenteou Chiquinha com uma batuta que havia ganho de um admirador. Com ela, viria a se tornar a primeira mulher a reger uma orquestra no Brasil. Em troca, ganhou a partitura de valsa "Carlos Gomes", feita pela compositora em sua homenagem.
Mais tarde, Carlos Gomes retornou ao Brasil, e assistiu Chiquinha Gonzaga regendo brilhantemente uma orquestra, um show de violões, e voltaram a viver um intenso romance, que durou pouco tempo, pois com a assinatura da Lei Áurea - que libertou todos os escravos no Brasil, pela Princesa Isabel, e a Proclamação da República - em ambas, Chiquinha teve destacada atuação -, o maestro Carlos Gomes acompanhou a Família Imperial na volta a Portugal. Nascido em Campinas, em 11 de abril de 1836, faleceu em Belém do Pará, aos 60 anos, em 16 de setembro de 1896, mas foi sepultado em São Paulo. No Rio, existe uma sua estátua, na Cinelândia. 
Os anos se passaram e, aos 52 anos, Chiquinha apaixonou-se pelo estudante de música, João Batista Lage, que tinha apenas 16 anos. Continuava assediada pelo seu primeiro amor, o engenheiro João Batista de Carvalho. Para evitar falatórios, adotou o jovem como seu filho, e viajou para Lisboa em 1902, retornando ao Rio, somente em 1906. O romance só foi descoberto após a sua morte, em 1935, através de documentos.
Entre as mais de 2 mil composições e 77 peças teatrais, de sua autoria, podem ser lembradas, entre outras: em 1877, a polca "Atraente" (a mais vendida); em 1885, a opereta "A Corte na Roça"; em 1897, o tango "Gaúcho"; em 1899, ao assistir um ensaio do Cordão Rosa de Ouro, no Rio, a sua primeira marcha carnavalesca, "Ó Abre Alas"; em 1911, a opereta "Forrobodó"; em 1914, o Maxixe "Corta Jaca"; em 1934, a partitura da peça "Junti", de Viriato Corrêa. 
Outros grandes sucessos, foram: "Lua Branca", "Casa de Caboclo", "Faceiro" e Falena". Em 1933, aos 87 anos, escreveu a sua última partitura, "Maria". Faleceu em 28 de fevereiro de 1935, poucos dias antes, do início do carnaval.
Chiquinha Gonzaga integrou, ainda, o movimento abolicionista, junto a José do Patrocínio, Castro Alves, Joaquim Nabuco, Lopes Trovão, . Vendia as suas partituras de casa em casa, e com a renda de "Caramuru", chegou a comprar a alforria do escravo e músico José Flauta ( o Zé da Bica), um pouco antes da assinatura da Lei Áurea, pela Princesa Isabel. 
Fundou ainda a Associação de Autores Teatrais.
A vida de Chiquinha Gonzaga foi retratada no cinema, pelas atrizes Bete Mendes (Brasilia 18%) e Malu Galli (O Xangô de Baker Street) , pelas atrizes Gabriela Duarte e Regina Duarte, em minissérie na TV, e foi tema de desfiles carnavalescos no Rio de Janeiro, dlas Escolas de Samba Mangueira e Imperatriz Leopoldinense.
Em maio de 2012, foi sancionada a Lei 12.624, instituindo o Dia Nacional da Música Popular no Brasil, a ser comemorada em 17 de outubro, data de nascimento de Chiquinha Gonzaga.

Texto: Assueres Barbosa

fotos: Wikipédia - a enciclopédia livre -

Fontes diversas. (bibliografias, filmes, minisséries, etc...).











sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Belém do Pará - fotos recentes

                                           Estação das Docas, em Belém                                         Foto: Paula Sampaio




                               Hangar- Centro de Convenções da Amazônia,
                                                   em Belém. Foto: João Ramid
 da




                                               Barco na Baía do Guajará, em Belém
                                                           Foto: Júlio Demasi
               

Praia de Alter do Chão
Em Santarém
Foto: João Ramid



                                                      Ilha da Mexiana, no Marajó                                  
                                                      Foto: Conceição Elarrat

 
                                                 Complexo Feliz Lusitânia - Belém
                                                                                                                   
 
N.R. Fotos enviadas através de e-mail, pelo jornalista Paulo Faustino



Morre o maestro Severino Araújo!


                                             Maestro Severino Araújo

                                Foto divulgação: ofuxico.terra.com.br


                                                  Orquestra Tabajara (titular)

                                           Foto: orquestratabajara.com.br


Os dançarinos de todo o Brasil, entre os quais me incluo, ficaram órfãos na manhã de hoje, sexta-feira, dia 3 de agosto de de 2012. Morreu de insuficiência respiratória em um hospital do Rio de Janeiro, onde se encontrava internado desde o dia 20 de julho, aos 95 anos, o músico, maestro, compositor, instrumentista e clarinetista Severino Araujo, que desde 1938, aos 21 anos de idade, regia a mais famosa orquestra brasileira, a Tabajara. 

Seu corpo está sendo velado na capela 7, do cemitério de São João Batista, onde será sepultado às 12 horas, de amanhã, sábado. Severino deixa quatro filhos. Ele havia se afastado por problemas de saúde, da regência da orquestra, há cinco anos. Em seu lugar, assumiu seu irmão, Jayme Araújo.

Pernambucano de nascimento, da cidade de Limoeiro, Severino Araujo, ainda criança, aprendeu música com seu pai, que era mestre de banda. E logo, tornou-se um excelente clarinetista. Mas, foi tocando saxofone que ingressou na Orquestra Tabajara, fundada em 1934, na cidade de João Pessoa, no Estado da Paraíba. E, aos 21 anos, assumiu a regência, transformando a Tabajara em uma das queridas e admiradas de todo o país.
Em 1936, Severino compôs o chorinho "Espinha de Bacalhau" que se transformaria em uma de suas composições mais famosas. Com alguns músicos de seu grupo, veio para o Rio de Janeiro, e logo dominou o mercado, mercê de seu vasto repertório, influenciado em sua maioria por grandes sucessos da música norte-americana.
A Orquestra Tabajara começou a animar bailes em clubes sociais e gafieiras,, festas de formatura, a partir de 1940. Apresentou-se ainda em programas de rádio e tevê, e no antigo Circo Voador, no Rio, aos domingos.
Mais tarde, foi contratada por 10 anos, pela Rádio Tupi; por cinco anos, pela Rádio Mayrink Veiga; por 10 anos , pela Rádio Nacional em 5 anos, pela TV-Rio, antigo canal 13. Cantores famosos se apresentaram com a Orquestra Tabajara, podendo serem lembrados, Francisco Alves ( O Rei da Voz), Orlando Silva, Ciro Monteiro e muitos outros.
Em 1952, a Tabajara com Severino Araújo, apresentou-se em París; em 1955, participou do carnaval no Uruguai (Montevidéu; em 1961, na Feira Internacional de Buenos Aires (Argentina); em 1989, no Cassino Estoril, em Lisboa (Portugal).    

Eu, Severino Araújo e a Tabajara
Comecei a dançar aos 16 anos de idade, e, dancei (e danço) com as maiores orquestras e conjuntos do país. Mas, a minha paixão pela Orquestra Tabajara surgiu (e não me recordo bem em qual baile. Só sei que foi numa formatura), por causa das músicas: New York, New York, Moonlight Serenade, Night And Day, Cheek To Cheek, Blue Moon, Besame Mucho, Stardust, Love Is Many Splendored Thing, When I Fall In Love e In The Mood..
Passei, então, a acompanhar a Tabajara, onde quer que se apresentasse. Nos clubes cariocas, fluminenses e em cidades brasileiras. Há quase 60 anos. Momentos maravilhosos nas pistas de dança, dançando de rostinho colado e evoluindo pelos salões, exibindo-se (eu e outros veteranos). Ensinei até damas que se tornaram pares constantes.
Em todos os bailes, nos intervalos, a conversação com o maestro Severino Araújo, sempre atencioso e carinhoso com o seu público. Bem como os cumprimentos aos músicos. Quando Severino adoeceu e afastou- se da regência, temi pela sorte da Tabajara. Mas, seu irmão, o maestro Jayme Araújo vem demostrando competência.
2011 foi um ano em que tive sérios problemas de saúde, razão porque afastei-me da Night. Estou voltando aos poucos. Os últimos bailes com a Orquestra Tabajara, foram no Combinado Cinco de Julho (Barreto, Niterói), CSSEERJ (Niterói), Caiçara (Ipanema-Rio) e assisti um show no Sesc-Rio.
Vou lembrar uma passagem curiosa ocorrida há uns três anos: viajei com um grupo de amigos (amigas) para Cabo Frio e Búzios, no carnaval. Ao chegar na Rua das Pedras, vi um cartaz anunciando um baile carnavalesco com a Tabajara. Quando estava na maior animação, minha "sobrinha" Rosana, chamou-me a atenção de que a referida apresentação havia ocorrido na véspera. Total frustação!.
Com Severino e a Tabajara, muitos romances começaram na pista de dança. Alguns proliferaram, outros foram apenas "sonho de verão". Mas, todos valeram a pena!.
Que Deus o receba no céu para reger uma nova orquestra, animando os dançarinos que estão por lá!. Não sei se conseguirei chegar lá... No céu!. 
N. R. Hoje, em casa, continuo a ouvir a excelente música da Tabajara!. Através dos "Anos Dourados". Muitas saudades!.