sexta-feira, 8 de março de 2013

Bruno é condenado por assassinato de Eliza Samudio

O Tribunal do Júri de Contagem (região metropolitana de Belo Horizonte) condenou, nesta sexta-feira (dia 8), o goleiro Bruno Fernandes, 28 anos, a 22 anos e três meses de prisão, por homicídio triplamente qualificado, sequestro e ocultação do cadáver da modelo Eliza Samudio, mãe de seu filho Bruninho, morta em 10 de junho de 2010. 
A professora Dayanne Rodrigues, 25, ex-mulher e mãe de suas duas filhas, foi absolvida da acusação do sequestro de Bruninho Samudio, a pedido da Promotoria Pública. 
Com a condenação, Bruno permanecerá na penitenciária federal de segurança máxima Nelson Hungria, em Contagem (MG), onde está preso desde julho de 2010. O promotor pediu aos jurados que absolvessem Dayanne porque entendeu que ela foi coagida pelo ex-policial José Laureano Assis, o Zezé --que está sendo investigado por suspeita de envolvimento na morte de Eliza-  a esconder o menino.
A juíza Marixa Fabiane Lopes, do Tribunal do Júri, disse em sua sentença, que Bruno é uma pessoa "fria, violenta e dissimulada".e que demonstrou falta de piedade na execução do crime.
No primeiro dia de julgamento, no dia 1º, a mãe de Eliza rejeitou um acordo para que Bruno confessasse e tivesse sua pena atenuada; no segundo dia, Macarrão confessou que Bruno mandou matar Eliza e no terceiro, foi que Bruno confirmou  sabia que Eliza estava morta.
Bruno foi preso quando era titular absoluto do Flamengo, estava preste a se transferir para o Milan, da Itália. E, poderia se tornar o titular da camisa número um da seleção brasileira. 
Os crimes tiveram repercussão nacional e internacional. 
Bruno não confirmava a morte de Eliza e negava o seu envolvimento nos crimes contra ex-mulher e seu filho.
Mas, na última quarta-feira (dia 6), o jogador confirmou, pela primeira vez, que a modelo foi morta. Embora tenha confessado culpa por não ter evitado crime, apontou Luiz Henrique Romão, o Macarrão, seu funcionário e amigo de infância, como mentor do sequestro e homicídio. O jogador afirmou que o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, foi contratado por Macarrão para matar a modelo.
Ontem, dia 7, pela manhã, o goleiro pediu para ser interrogado outra vez, pois queria explicar sua participação no assassinato de Eliza.
Bruno afirmou que “sabia” da morte da modelo por conta das brigas que ela tinha com Macarrão. A maior parte do tempo, com a cabeça abaixada, chorando por diversas vezes.
Na quinta-feira (7), o promotor Henry Wagner de Castro afirmou que Bruno “ foi o lider do plano para seqüestrar e matar Eliza e o bebê. O goleiro foi classificado como um “criminoso facínora”, chefe do tráfico de drogas em Ribeirão das Neves (MG), cidade pobre onde cresceu, e inescrupuloso no trato com as mulheres. 

Retrospectiva
Bruno, Macarrão, Flávio, Coxinha e Elenílson foram presos e levados à penitenciária de segurança máxima Nelson Hungria, em Contagem (MG). Depois, a Justiça mineira recebeu a denúncia do Ministério Público, por homicídio triplamente qualificado (por motivo torpe, mediante meio cruel e sem chance de defesa da vítima), cárcere privado, ocultação de cadáver e corrupção de menor. O corpo de Eliza não foi encontrado.
Após alguns episódios de ameaças e agressões contra a modelo --que incluiu tentativas de fazer abortar o feto-- o jogador atraiu Eliza com o argumento de que queria fazer um teste de DNA e assumir a criança. 
Depois de ser agredida e sequestrada por Macarrão e Jorge Luiz Rosa, primo do goleiro, no Rio de Janeiro, em 4 de junho de 2010, Eliza foi levada ao sítio do atleta em Esmeraldas (MG), no dia seguinte. Além de Macarrão e Jorge, Fernanda Gomes de Castro, então amante do goleiro, acompanhou o grupo na viagem. 
No caminho, pernoitaram em um motel em Contagem (MG). Eliza permaneceu no sítio, entre 6 e 10 de junho, até ser levada por Macarrão e Jorge para Bola. A modelo foi morta por asfixia e esganadura. Seu corpo foi esquartejado --e, provavelmente as partes foram jogadas aos cães--. Após morte de Eliza, Bruninho foi levado para o sitio em Esmeraldas, já que Bola não quis matá-lo. 
Quando o caso veio à tona, a criança foi levada por Dayanne ao encontro de Wemerson Marques de Souza, o Coxinha. 
Bruninho só foi localizado pela polícia, em 26 de julho de 2010. 
Agora, serão julgados Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, em abril próximo; Wemerson e Elenílson Vítor da Silva, que era administrador do sítio do goleiro, em maio.
Macarrão e Fernanda já foram julgados em novembro passado. O primeiro, foi condenado a 15 anos de prisão –sua pena foi reduzida para 12 anos, por ele ter confessado o crime. Fernanda foi condenada a cinco anos por participação no sequestro de Eliza e do bebê.

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