quarta-feira, 28 de março de 2012

Exposição de Fotografias encerra agenda dos 100 anos de Pimentel

Pimentel completa 100 anos amanhã

Jornalista, escritor e poeta, fotógrafo, compositor, desenhista, professor e pesquisador... Ao longo de um século, Luís Antônio Pimentel exerceu o talento e a criatividade nos mais diversos campos artísticos. A Sociedade Fluminense de Fotografia, entidade que ele ajudou a fundar, se incorpora às comemorações pelo seu centenário de nascimento, organizando a exposição 100 x Pimentel. A mostra, que será inaugurada no dia 31 e março, às 17h, busca apresentar ao visitante um pouco das muitas facetas de Luís Antônio, reunindo textos, músicas, pinturas, desenhos, objetos e, principalmente, parte do acervo da própria SFF, formado por fotos assinadas pelo homenageado e premiadas em salões Brasil afora.
100 x Pimentel ainda terá uma versão on line, com a possibilidade de acesso e download de parte do material exposto, além de informações extras e um campo para o visitante deixar sua mensagem virtual ao aniversariante. A mostra ficará aberta ao público até o dia 12 de maio, de segunda a sexta, das 10h às 19h, e aos sábados, das 9h às 12h. A Sociedade Fluminense de Fotografia fica na Rua Dr. Celestino 115, Centro, Niterói.

N.R. Texto enviado pela Assessoria de Comunicação e Eventos da Editora UFF
pela jornalista Ana Paula Campos.

terça-feira, 27 de março de 2012

Frases para meditação

"Convivemos com uma pessoa durante um grande período de tempo, mas no final concluímos que não conseguimos conhecê-la totalmente. Bastam a ambição e os interesses pessoais aparecerem para que essa pessoa mude por completo. Aí, sim, a conhecemos por inteiro". (autor desconhecido)

"A maior parte das pessoas que ajudamos, no final voltam-se contra nós. Esquecem os benefícios recebidos porque eram menores do que os que aparecerão daí por diante. E, se sentem recompensados porque a consciência não lhes pesa". (autor desconhecido)

"Os cães ladram e a caravana passa. Não importa o barulho que façam, a caravana segue seu caminho, apesar deles... - provérbio árabe - em inglês: the dogs bark, but caravan goes.

* "A verdade é como o sol, que um eclipse pode turvar, mas não pode apagar". autor desconhecido.

* "Nosso caráter é o resultado da nossa conduta" (Aristóteles) -filósofo grego.

* Qui si convien lasciare ogni sospetto; ogni vilta, convien que sia morta" (Dante) - "Aqui, há que banir toda desconfiança; toda covardia convém que aqui seja morta".

* "O importante na vida é poder voltar". (autor desconhecido).

* "De que forma se envolver com um grande amor? de todas as formas possíveis e imagináveis". (autor desconhecido - 1986 -)

* "Oh! chama de volta ao passado.Ordena que o tempo retorne" - Ricardo II, 3º Ato,2ª Cena.

* Até tu Brutus? -Tu quoque Brute, fili mi? - Caio Júlio Cesar, general romano, tribuno, historiador, conquistador das Gálias, ao ser assassinado no Senado Romano e reconhecer entre seus algozes, seu sobrinho e filho adotivo.

* Se passado e presente podem coexistir, porque não podemos mergulhar num passado mais distante?". Do livro do jornalista Richard Matheson (1975), "Em algum lugar do passado".

* "Se minha mão profana o relicário, em remissão aceito a penitência. Meu lábio, peregrino solitário demonstrará com sobra, reverência" - Da obra de William Shakespeare (1591-1595), Romeu e Julieta. Filhos das famílias Montecchio e Capuleto, inimigas mortais na cidade de Verona, Itália, tiveram o seu amor impedido. Romeu envenenou-se e Julieta suicidou-se com o seu punhal. O sacrifício dos dois fez com que terminasse a discórdia.

* "Falsidade, mentira, palavras de amor, vãs e enganosas, terminam por serem descobertas, pois não se pode enganar alguém durante todo o tempo. E, o castigo tarda, mas não falha". (autor desconhecido).


Ovo de Páscoa com gosto de cerveja

A turma do cervejal vai ficar feliz da vida!. A Skol acaba de lançar, hoje, um ovo de Páscoa feito com cerveja, em parceria com a chocolateria Folie, para comemorar a data. O ovo virá em um kit com seis unidades, dentro de uma cestinha personalizada, e custando R$70. 
O ovo foi apelidado de "redondinho". É feito de chocolate trufado e tem a cerveja em seu recheio. O ovo é feito de chocolate trufado e tem em seu recheio, o gostinho da cerveja. Quem quiser receber o kit em sua residência, poderá fazê-lo na página da empresa no Facebook.
N.R. Atenção: a propaganda não está sendo faturada.


segunda-feira, 26 de março de 2012

Frases sobre a Ingratidão e a Ambição!

"A Ingratidão consiste em esquecer, desconhecer ou reconhecer mal os benefícios, e se origina da insensibilidade, do orgulho ou do interesse". (Charles Pinot Duclos)


"A ingratidão é um direito do qual não se deve fazer uso". (Machado de Assis)


"A ingratidão é o mais horrendo de todos os pecados". (Alexandre Herculano)


"A ingratidão é filha da soberba". (Miguel de Cervantes).



"A ambição é louvável quando acompanhada pelo desejo e pela capacidade de fazer felizes os outros". (Paul Henri Holbach).

"Passamos muitas vezes do amor à ambição, mas nunca regressamos da ambição ao amor". (François de La Rochefoucauld).


"Pouca ou nenhuma vez se realiza com a ambição, coisa que não prejudique terceiros".
Miguel de Cervantes.


"A pobreza carece de muitas coisas - a ambição carece de todas".
Jean de La Bruyère


"A amizade e a gratidão nada podem contra a ambição".
Marie-Madeleine de La Fayette


"É a ambição de possuir, mais do que qualquer outra coisa, que impede os homens e as mulheres de viverem de uma maneira livre e nobre".
Bertrand Russell




FRASES PARA SE MEDITAR


"Não há solidão mais triste do que a do homem ou da mulher sem amizades. A falta de amigos faz com que o mundo pareça um deserto".


"Lembrar é fácil para quem tem memória, esquecer é difícil para quem tem coração".


"Voltar atrás é melhor que perder-se no caminho."


"Tudo que é bom dura o tempo necessário para ser inesquecível."


"A moralidade é o melhor de todos os expedientes criados para orientar a humanidade."

































sábado, 24 de março de 2012

Morreu o gênio do humorismo no Brasil: Chico Anísio

UMA PERDA IRREPARÁVEL
Chico Anísio, um dos maiores humoristas do Brasil, faleceu, ontem, sexta-feira, aos 80 anos,às 14h52, no Hospital Samaritano no Rio de Janeiro, onde estava internado desde o último dia 22 de dezembro, por conta de uma infecção no aparelho digestivo, sobrevindo uma pneumonia. Segundo nota oficial do hospital, ele foi vitima de uma parada cardiorrespiratória, ocorrendo falência múltipla dos órgãos, decorrente de choque séptico por causa de uma infecção pulmonar.
Em agosto de 2010, Chico Anísio teve retirada uma parte do intestino grosso, após apresentar um quadro de hemorragia digestiva. Em 2 de dezembro do mesmo ano, realizou uma angioplastia para desobstrução de artérias e em fevereiro deste ano, teve uma infecção pulmonar que o obrigou a tomar antibióticos.
Seu corpo será velado no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, pela manhã, pelos seus familiares e amigos, e mais tarde por seus admiradores. Depois, será cremado no Memorial do Carmo - Cemitério do Caju -.
QUEM FOI
Natural de Maranguape, cidade situada a 30km de Fortaleza, Estado do Ceará, Francisco Anísio de Oliveira Paula Filho, nasceu em 12 de abril de 1931 (iria completar 81 anos). Seu pai, empresário do setor de transportes, perdeu todos os seus bens em um incêndio da sua frota de ônibus. A família mudou-se, então, para o Rio de Janeiro. Mais tarde, foi aprovado em um teste para locutor na Rádio Guanabara, mas acabou se transformando em roteirista e ator da extinta Atlântida Cinematográfica.
Chico começou a trabalhar na televisão, em 1957, no programa musical Noite de Gala, na extinta TV-Rio, canal 13. Dois anos depois, a sua fama como humorista o levou a ganhar o humorístico Só tem Tantã, depois transformado em Chico Anysio Show.
Em 1968, ingressou na TV Globo, onde, aos 37 anos, onde a sua carreira deslanchou de vez. Criou e participou de quadros de humor, como Chico City, Chico Total, Escolinha do Professor Raimundo e, mais recentemente do Zorra Total. Criou, ainda, 209 personagens que se tornaram conhecidos no país e no exterior, como Professor Raimundo, Alberto Roberto, Salomé, Bento Carneiro, Bozó, Justo Verissimo, Painho, Veio Zuza, Zé Tamborim. 
TALENTO
Escreveu romances, contos e peças de teatro, trabalhou em novelas, como Caminho das Índias, Pé de Jaca e Sinhá Moça, e nos últimos anos de vida, seu enorme talento o levou a pintar uma série de quadros.
FAMÍLIA
Casou-se seis vezes. Com a comediante Nancy Wanderley; a vedete Rose Rondelli; a atriz Alcione Mazeo; a cantora Regina Chaves; a ministra da Fazenda, do Governo Fernando Collor; Zélia Cardoso de Mello, e, por último, com a empresária Malga di Paula, com quem estava casado. Dessas uniões, nasceram oito filhos: Lug de Paula, Nizo Neto, Ricardo, André Lucas, Cícero, Bruno Mazzeo, Rodrigo e Vitória.





























Editora da UFF lança obra literária sobre histórias do cotidiano

Histórias de Vida:
uma versão mais
humana dos fatos

 Dentre as diversas linhas de pesquisa histórica, a história oral consiste em uma das mais eficazes. O método, que nasceu na década de 1950 nos Estados Unidos, só chegou ao Brasil em 1970, mas logo passou a constar como ferramenta de trabalho de historiadores, antropólogos, cientistas políticos, sociólogos e outros acadêmicos. O livro Histórias de Vida: experiências com historia oral (Editora da UFF, 238 Pág., R$33,00), organizado pela professora Denise Rollemberg, não foge à técnica, mas traz uma novidade: é de autoria exclusiva de alunos de graduação. O lançamento será dia 30 de março, às 18h, na Livraria Icaraí (Rua Miguel de Frias 9, Icaraí, Niterói).
Resultado de disciplina instrumental na graduação de História da Universidade Federal Fluminense, o livro traz uma coletânea de 11 entrevistas realizadas por alunos. Os interlocutores são pessoas comuns, das mais variadas classes sociais, e que têm na memória passagens interessantes sobre sua própria trajetória ou eventos ligados à vida pública brasileira. Os temas das entrevistas são os mais diversos e perpassam períodos da política nacional como o governo Getúlio Vargas e a ditadura militar, além de fatos isolados, mas não menos importantes, como o quebra-quebra das Barcas de Niterói, em 1959. Segundo a organizadora da obra, cada uma das estórias contribui para a construção de uma visão mais humana de nosso país e seus habitantes.
Apesar do viés acadêmico, o livro traz uma leitura fácil e mescla a pesquisa científica com registros emocionantes, que aproximam o leitor dos entrevistados e estimulam uma reflexão sobre a dignidade humana. Segundo Denise Rollemberg, “esse tipo de trabalho humaniza e povoa a História, além de focar o olhar diretamente na vida do cidadão comum. O conteúdo do que é tratado no livro acaba moldando igualmente a forma de escrita dessa História”.

Histórias de Vida: experiências com historia oral
Organizadora: Denise Rollemberg
Editora da UFF, 2012
R$33,00
238 Pág.
ISBN: 978-85-228-0726-0

N.R.
Release enviado pela Assessoria de Comunicação e Eventos da EdUFF.

sexta-feira, 23 de março de 2012

Sindicato dos Jornalistas homenageou os 100 anos de Pimentel

Três jovens jornalistas: Continentino, Pimentel e Pinheiro Júnior

foto: Sergio Caldieri
                                      
O presidente Continentino  Porto e o jornalista Luís Antônio Pimentel.

foto: Sergio Caldieri

No restaurante Academia de Niterói, no bairro Charitas, em Niterói, a diretoria do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Rio de Janeiro, reuniu seus associados e convidados dos mais diversos segmentos da sociedade fluminense, a fim de homenagear com um almoço (com direito a bolo de aniversário), o jornalista, fotógrafo, professor, escritor e poeta Luís Antônio Pimentel, que completará 100 anos de idade, no próximo dia 29. As comemorações começaram há uma semana.



quinta-feira, 22 de março de 2012

UFF lança livros de literatura em língua portuguesa

A literatura profundamente influenciada pelas questões políticas, seja de resistência a um regime ditatorial ou pelo processo de democratização, representa o elo entre De guerras e violências – Palavra, corpo, imagem (246p. R$35,00) e Revirando casa e mundo: representações literárias do herói e da família (158p, R$32,00). Os livros, produzidos no âmbito do Instituto de Letras da UFF, têm lançamento marcado para o dia 30 de março, às 18h, na Livraria Icaraí, localizada na Rua Miguel de Frias, 9, em Niterói.
De guerras e violências traz uma série de artigos sobre a literatura produzida durante o período de luta pela independência das colônias portuguesas na África. A coletânea, organizada pelas professoras Laura Cavalcante Padilha e Renata Flávia da Silva, não se atém puramente à questão da guerra, e sim, expande-se pela violência e seus desdobramentos, como o flagelo do corpo, as imagens da dor e o uso da palavra como instrumento capaz de evidenciar esses aspectos.
A pesquisadora Maria Lúcia Wiltshire de Oliveira, que também responde por um dos artigos da coletânea, assina Revirando casa e mundo, onde, novamente, o panorama político deixa suas marcas na literatura. Desta feita, porém, o objeto de análise são os textos produzidos em Portugal na década de 1980.
A obra engloba duas investigações empreendidas pela autora. Na primeira, Maria Lúcia analisa a imagem de um novo tipo de herói, que surge na literatura portuguesa na década de 1980. Na segunda parte, Maria Lúcia se baseia em textos assinados por escritoras da mesma época, para discutir a formação do sujeito na família portuguesa moderna e contemporânea e para desenvolver questões adjacentes em torno da ficção de autoria feminina.

De guerras e violências – Palavra, corpo, imagem
Organizadoras: Laura Cavalcante Padilha e Renata Flavia da Silva
Editora da UFF, 246 p., R$
ISBN: 978-85-228-0675-1
 Revirando casa e mundo: representações literárias do herói e da família
Autora: Maria Lúcia Wilshire de Oliveira
Editora da UFF, 158p., R$32,00,
ISBN: 978-85-228-0552-5

Texto enviado pela Assessoria de Comunicação/Eventos da Editora UFF.

terça-feira, 20 de março de 2012

O centenário de vida do legendário Luíz Antônio Pimentel

Luís Antônio Pimentel, o editor da NitPress, Luiz Erthal,
o presidente da Sociedade Fluminense de Fotografia, Antonio Machado, e amigos.
100 anos

Jornalista Ana Paula Campos - da Editora Eduff -, Pimentel, e a conselheira cultural e Curadora Graça Porto
Comemoração dos 100 anos

Professor, jornalista, fotógrafo entre outras,
Inúmeras vezes homenageado.
Mestre da sabedoria oriental,
Enamorando sempre sua
Niterói. Com vários livros publicados,
Tendo inúmeros artigos, poemas, trovas
haicais. Mestre dos mestres é o
Legítimo representante da cultura brasileira.
                                               Graça Porto
Jornalistas prestam homenagem a Luís Antonio Pimentel 
nas comemorações de seu Centenário de Vida.
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Rio de Janeiro, através de seu presidente, o jornalista Continentino Porto e sua diretoria, homenagearam na última segunda-feira, com um almoço, no Restaurante Academia de Niterói, na Praia das Charitas, em Niterói, o professor, jornalista, fotógrafo, poeta e escritor, Luís Antonio Pimentel, pela passagem do seu 100º aniversário natalício. Pimentel que apagou as velinhas de seu bolo de aniversário, recebeu a carteira de sócio número 1, do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Rio de Janeiro.
Dezenas de jornalistas e de representantes de outros segmentos comunitários se fizeram presentes à homenagem merecida a um dos maiores nomes da literatura e das artes fluminenses e do País. Pimentel é o o mais antigo jornalista em atividade no Brasil. Até hoje, escreve uma coluna diária sobre artes no Jornal A Tribuna de Niterói.
PROGRAMAÇÃO
A Sociedade Fluminense de Fotografia, sob a presidência do fotógrafo Antonio Machado, (SFF) promoveu uma conferência com a imprensa no último dia 14 (Pimentel é o único fundador vivo), e a Editora NitPress, através do seu editor, Luiz Erhal, lança no próximo dia 23, às 19 horas, no Teatro Municipal de Niterói, o livro "O Amor segundo Luís Antônio Pimentel", seguindo-se a encenação de sua peça "12 dias com Leviana", -o primeiro texto para o teatro- com apresentações, ainda, nos dias 24 e 25.
No dia 31, inaugura-se sob a direção da Curadora, Conselheira de Cultura da Câmara de lIvros e Literatura, Graça Porto, a EXPOSIÇÃO DE FOTOS "CEM VEZES PIMENTEL", na Sociedade Fluminense de Fotografia, na Rua Dr. Celestino, em Niterói. 
Presenças
Entre tantos convidados, registrei as seguintes presenças: o presidente Continentino Porto, Sérgio Caldieri (vice-presidente), o editor da NitPress, Luiz Erthal, o presidente da SFF, Antonio Machado. a conselheira de Cultura, Graça Porto, Gentil Lima (ex-presidente do Sindicato), Pinheiro Júnior e sua esposa, Inaldo Baptista (e seu neto, Daniel Carneiro), Lígia Magalhães, Marco Aurélio, Adilson Guimarães, Altair Silva, José Pereirinha, Ismar Mariano, José Marques, Oswaldo Maneschy (Secretário de Trabalho de Niterói e sua esposa, Alessandra, Tetê Bittencourt, Paulo Castro Alves, Mário de Souza, Jane Duarte, Elaine Uzeda (e sua mãe, Ely Uzeda). Vereador Renatinho do PSOL, Dra. Helena Tavares (representante da OAB-Niterói), contadora Clarice Simas, cinegrafista Maurício Guimarães.
N.R. Tive a honra de ser o Mestre de Cerimônias de tão importante acontecimento, convidado que fui pelo presidente Continentino Porto.

sábado, 17 de março de 2012

Turfe carioca perde seu maior narrador: Ernani Pires Ferreira

Ernani Pires Ferreira
foto divulgação/ Jockey Club Brasileiro
O maior narrador de corridas de cavalos no Brasil, Ernani Pires Ferreira, que por mais de 40 anos atuou no Jockey Club Brasileiro, na Gávea, morreu na madrugada deste sábado, aos 77 anos de idade, no Hospital Espanhol, no Rio, onde estava internado por causa de problemas pulmonares. Ernani teve uma parada cardior-respiratória. Como jóquei, venceu 14 provas na Copa de Amadores.
Ernani Pires Ferreira, que nasceu em Pernambuco, em 1º de novembro de 1934, veio para o Rio ainda criança em cmpanhia de sua família. Conheceu o Jockey Club, quando o visitou na companhia de seu pai, que era criador de cavalos. Começou como locutor das corridas em 1966 e, em 17 de julho de 1983, entrou para o Guiness Book - o Livro dos Recordes - como autor do maior número de palavras ao microfone, com 351,6 por minuto, suplantando a marca que pertencia ao ex-presidente americano John Kennedy. 
Neste domingo, durante as corridas, será feito um minuto de silêncio, e desde ontem, as bandeiras estão à meio-pau. Seu corpo será velado no hipódromo e, sepultado no Cemitério São Francisco Xavier, no Caju, às 17 horas. Nas próximas corridas, um páreo será corrido em sua homenagem.

N.R. Conheci Ernani, quando "cobria" reportagens sobre o turfe. Depois, quando assistia as corridas na Gávea. Um excelente profissional e uma pessoa admirável. Que o Senhor Nosso Deus acolha a sua alma. À família enlutada, meus votos de pesar. Assueres.



sexta-feira, 16 de março de 2012

O Espetáculo Mais Triste da Terra - Mauro Ventura

A Academia Gonçalense de Letras, Artes e Ciências (AGLAC), presidida pelo escritor Fernando Félix, reuniu na última quinta-feira, nas dependências do Instituto Cultural Brasil-Estados Unidos (Icbeu), escritores, poetas, jornalistas, advogados e representantes de outras categorias, a fim de assistirem a uma palestra do jornalista Mauro Ventura, sobre o seu recém lançado livro, "O Espetáculo Mais Triste da Terra", no qual relata o incêndio do Grand Circus Norte Americano, em 17 de dezembro de 1961, no município de Niterói.
Na maior tragédia circense do mundo, morreram 503 pessoas (entre adultos e crianças), dados fornecidos na época pela Prefeitura de Niterói, embora haja quem garanta que esse número foi bem maior, já que dados estatísticos dão conta de que haviam 3.100 espectadores assistindo o espetáculo. Mauro Ventura (que vai completar 50 anos de idade), ainda não havia nascido, mas seu interesse foi despertado após ouvir diversos relatos sobre o fato.
Iniciou sua pesquisa, ouvindo sobreviventes e todos que participaram do acontecimento, descobrindo heróis, entre médicos e populares. Aos poucos, sua história foi tomando forma, embora ele mesmo afirme que pairam dúvidas sobre muitos aspectos, inclusive na investigação policial, quando foram apontados como os autores do crime, Dequinha, Bigode e Pardal, que acabaram condenados pelo então Juiz Jovino Machado Jordão. Há quem ache, que o incêndio poderia ter sido causado pela péssima instalação elétrica.
Durante o encontro da Aglac, Mauro respondeu perguntas, explicou todos os fatos e, disse que uma nova edição do livro poderá ser lançada, com fatos novos, já que continua pesquisando e recebendo informações. Falou sobre personagens como cirurgião plástico Ivo Pitangui, o Papa (que destinou verba financeira), a atriz italiana Gina Lolobrigida (que doou sangue), o ex-presidente João Goulart, o profeta Gentileza, o Hospital Antonio Pedro (que havia sido fechado por estudantes de medicina, por não ter condições de funcionamento), a heroína Maria Pérola e seus escoteiros e a elefanta Semba (que salvou muitas vidas).
Na mesa principal dos trabalhos, estavam o presidente da Aglac, Fernando Félix, Mauro Ventura, Josias Ávila Júnior, Edson Oliveira dos Santos, Mário Machado, Gilberto da Cunha Lopes, Marina de Oliveira Dias e esse jornalista. Entre os convidados, os escritores e poetas Oton São Paio, Gilvan Carneiro, Décio Machado e os jornalistas Edson Vianna de Mattos e José Jerônimo Sobrinho
Estava presente, ainda, a contadora Edenir Palma Gonçalves, residente no bairro Porto da Pedra, uma das sobreviventes da tragédia, que perdeu sua mãe e uma irmã.


Homenagem
No terreno em que estava montado o Grand Circus Norte-Americano, funciona hoje a Policlínica Militar do Exército (Praça do Expedicionário, 25, Niterói). Recentemente, foi inaugurado, ali, um Memorial em homenagem às vitimas do incêndio.


QUEM É
Mauro Ventura é jornalista. Nasceu no Rio de Janeiro, em 1963. É repórter especial do Segundo Caderno de O Globo e assina a coluna Dois Cafés e a Conta, na Revista O Globo. Em 2008, recebeu o prêmio Esso e o prêmio Embratel pela reportagem "Tribunal do Tráfico".

N.R. Para se conhecer toda a tragédia, recomendo que leiam o livro do jornalista Mauro Ventura, "O Espetáculo Mais Triste da Terra" -Companhia das Letras -. 
E, em menor escala, nesse blog, matéria sobre o Incêndio, já que fui testemunha ocular da história.



segunda-feira, 12 de março de 2012

Centenário de vida do jornalista Luís Antônio Pimentel

Com a presença de Luís Antônio Pimentel e do elenco da peça "12 dias com Leviana", a Editora Nitpress e a Sociedade Fluminense de Fotografia realizam uma conferência de imprensa na próxima quarta-feira, dia 14 de março, às 11 horas, na sede da SFF  (Rua dr. Celestino, 115, Centro, Niterói), para apresentar seus projetos voltados ao centenário do autor. 

Além da peça, que marcará o primeiro texto de Pimentel levado ao palco, com apresentações nos dias 23, 24 e 25 de março, no Teatro Municipal de Niterói, a editora está preparando o lançamento do livro O amor segundo Luís Antônio Pimentel, organizado por Luiz Augusto Erthal e Luiz Antonio Barros. A Sociedade Fluminense de Fotografia, da qual Pimentel é o único fundador vivo, também participa desses projetos, além de organizar uma exposição, com curadoria de Graça Porto, a ser aberta no dia 31 de março.

Luís Antônio Pimentel, provavelmente o mais antigo jornalista em atividade no Brasil, completa 100 anos de vida no próximo dia 29. Dividindo sua longa militância na imprensa com uma intensa produção literária, ele é hoje um dos maiores ícones da cultura fluminense, reconhecido internacionalmente por seu talento multifacetado – memorialista, poeta, fotógrafo e muito mais.

Para comemorar a data, a editora Nitpress, que tem em Pimentel o maior expoente de seu cast editorial, prepara o lançamento da antologia O amor segundo Luís Antônio Pimentel, que acontecerá no dia 23 de março, às 19 horas, no Teatro Municipal de Niterói, precedendo, no mesmo dia e local, a estreia da peça “12 dias com Leviana”, baseada em novela homônima de 1944, sendo este o primeiro texto de Pimentel levado ao palco.

Os dois eventos, praticamente simultâneos, abrem festivamente a semana do centenário de Pimentel, cujas comemorações envolvem várias atividades na cidade de Niterói, onde ele vive desde a infância, após deixar a sua Miracema, no interior fluminense. Pimentel tem sido um pioneiro em diversos aspectos e um ator/espectador da história:

-  Aos 10 anos, participa de um experimento de Roquete Pinto, que o escolhe no meio do público e lhe põe os fones aos ouvidos para testemunhar, durante a Exposição Internacional de 1922, no Rio de Janeiro, a primeira transmissão radiofônica no Brasil;
-  Nos primeiros anos da década de 30, já como jornalista, assina uma coluna diária na Gazeta de Notícias sobre os bastidores do rádio, veículo que viu/ouviu nascer. Trava contato com os grandes nomes do rádio na época – data desse período a novela 12 dias com Leviana, que narra um romance intenso vivido por um jovem poeta com uma cantora do broadcasting – e tem músicas suas gravadas (também é compositor bissexto, com parceiros como Orestes Barbosa) por Carmem Miranda, entre outros intérpretes;
-  Comunista convicto, é preso em 1936. Em 1937, fugindo da perseguição do Estado Novo, consegue uma bolsa de estudos no Japão, onde trabalha na Rádio de Tóquio e trava contato com a cultura japonesa. Torna-se o primeiro poeta brasileiro a ser traduzido e publicado no Japão, com o livro Namida no Kito(Prece em lágrima), em 1940;
- No mesmo ano, tem publicado no Brasil o primeiro livro de contos japoneses:Contos do velho Nipon, relançado pela Nitpress em 2009, pelas comemorações do centenário da imigração japonesa para o Brasil (na ocasião, Pimentel foi um dos três  brasileiros, sendo o único de origem não nipônica, homenageados pelo governo do Japão);
- Com a entrada do Brasil na II Guerra Mundial, ele retorna, trazendo na bagagem o cânone do haicai, gênero poético oriental que ajuda a introduzir, criando uma importante escola haicaista em Niterói, onde até hoje cultiva discípulos de vida e poesia;
- Participa da organização da Sociedade Fluminense de Fotografia, da qual é hoje o único fundador vivo. Suas fotos, sobretudo os nus femininos, correm o mundo em diversas exposições internacionais;
- Membro da Academia Fluminense de Letras, entre várias outras instituições acadêmicas, publicou quase duas dezenas de livros, enfeixados em 2004 nas suas Obras Reunidas. Em 2007, um trabalho inédito veio à luz – Haicais Onomásticos, marcando o início de sua atuação na Nitpress.

Aos 100 anos, Pimentel continua produtivo. Vai todo dia de ônibus do bairro de Icaraí, onde mora, ao Centro de Niterói, levar pessoalmente sua coluna diária – “Artes Fluminenses” – para o jornal A Tribuna.



Texto do jornalista Luís Erthal, diretor da NitPress. 
Apoio na divulgação: Comunicação@Editora UFF. Jornalista Ana Paula Campos.

Joaquim de Almeida Lavoura: O MITO

Joaquim de Almeida Lavoura
foto: sãogoncaloturismo.com

Quando o assunto a ser discutido em São Gonçalo é política, forçosamente há que ser lembrado o nome de uma das maiores lideranças da cidade, o ex-prefeito Joaquim de Almeida Lavoura, que nas décadas de 50, 60 e 70, impulsionou o desenvolvimento do município, mercê de sua capacidade administrativa e honestidade no trato com a coisa pública. Chegou a ser citado pela Revista Americana Time, como um dos melhores administradores de cidades no Mundo.
Nascido no bairro Caju, no Rio de Janeiro, em 4 de abril de 1913, filho de José Marques de Almeida e de Maria Cândida de Almeida, Joaquim Lavoura de catador de lenha, trabalhador em uma fábrica de conserva de peixes, pescador e comerciante no bairro Gradim, chegou à política e elegeu-se vereador por dois mandatos: 1947/1950; 1951/1954; prefeito por três mandatos: pelo PTN (Partido Trabalhista Nacional), em 1955/1959, quando desbancou políticos tradicionais, usando como símbolos do trabalhador braçal, a pá e a picareta; 1963/1967; 1973/1975. (Faleceu em novembro de 1975, assumindo em seu lugar, o vice-prefeito Zeyr de Souza Porto). Foi também deputado estadual, em 1970, e Superintendente do Serviço de Transportes-RJ, em 1967, nomeado pelo governador Geremias de Mattos Fontes.
O político do cigarro de palha e do chapéu, mostrando seu poderio político, elegeu seus principais afilhados, do Grupo Joaquim Lavoura, como Geremias de Mattos Fontes (prefeito em 1958/1962) e Osmar Leitão Rosa (prefeito em 1966/!970). Isso sem falar em deputados federais, estaduais e vereadores.


Realizações

Lavoura, ao se eleger prefeito, ousou, retirou as linhas de bondes, alargou as passagens e promoveu os calçamentos do Porto Velho e Sete Pontes, vias principais de ligação de São Gonçalo com o município vizinho de Niterói. Era comum encontrá-lo, na direção de tratores e escavadeiras e utilizando pás.
Passou a controlar a frota de veículos da municipalidade. Comprou máquinas pesadas, retroescavadeiras, máquinas patrol e viaturas de transporte. Comprou e instalou a Usina de Asfalto e a Fábrica de Artefatos de Cimentos (manilhas e meio-fios). Construiu estradas e pontes, visando o escoamento das produções agrícola, pecuária, comercial e industrial.
Modernizou o Hospital Luiz Palmier e construiu o Pronto Socorro Infantil "Darcy Vargas". Instalou e equipou centros cirúrgicos e os laboratórios, adquirindo modernas ambulâncias. No setor de Educação, o Grupo Lavoura construiu o Colégio Municipal Presidente Castelo Branco (em 31 de março de 1970, na gestão do prefeito Osmar Leitão Rosa); Colégio Municipal Ernani Faria (Lavoura/Zeyr Porto), Centro Cultural Joaquim Lavoura (Governo Hairson Monteiro).

Políticos 


Seguindo a trajetória de do prefeito Joaquim Lavoura, podem ser citados nomes de políticos com brilhantes carreiras em São Gonçalo, como:
Geremias de Mattos Fontes - vereador, prefeito, deputado federal e governador do Estado do Rio
Osmar Leitão Rosa - vereador, prefeito e deputado federal
Hairson Monteiro dos Santos - vereador, prefeito e deputado estadual
Zeyr de Souza Porto - vereador, prefeito e deputado estadual
Josias Ávila Júnior - deputado estadual
Ayrton Rachid - vereador e deputado estadual
Antonio Maia - vice-prefeito
Oton São Paio - vereador e deputado estadual
Manoel de Lima - vereador por seis mandatos consecutivos e prefeito

N.R. Essa referência em meu blog sobre Lavoura, visa apenas lhe prestar uma modesta homenagem, já que dezenas de historiadores contaram a sua trajetória com muita categoria. Lavoura foi ainda tema de teses e de monografias na Uerj-Patronato, por parte de Marilda dos Santos Monteiro das Flores e de Edila Gômes Barreto.
Contar sua história seria muito difícil para um leigo, apenas um modesto jornalista, que se inspirou em fontes do jornalista Jorge Nunes e do advogado Evaldo Ferreira Palmar, que conviveram muito com Joaquim Lavoura.
Conheci Lavoura em 1963, quando trabalhava em um jornal carioca e me mandaram entrevistá-lo. Eu o encontrei em cima de uma reto-escavadeira no bairro Patronato, retirando lama das ruas. Surgiu uma boa amizade e depois terminei por fazer o cerimonial de sua morte, quando milhares de pessoas o acompanharam a pé, até a sua derradeira morada, no Cemitério de São Gonçalo, em seu mausoléu.
Uma boa lembrança que tenho de Lavoura, é a de quando tomávamos cafezinho na madrugada, em um bar na esquina da entrada do bairro Covanca. Depois, ele mandava seu motorista levar-me em casa.