sábado, 14 de abril de 2012

Anos 50/60/70: tendências musicais, orquestras e conjuntos

Continuação de matéria anterior. Clubes, etc...

Nos anos 50/60/70, a juventude divertia-se intensamente. O futebol empolgava, mas à noite a boa pedida era sair para dançar, com maravilhosas orquestras e conjuntos musicais. Os clubes sociais e recreativos em grande número, programavam as suas reuniões dançantes, de terça-feira a domingo, pela manhã, tarde e noite. O baile em hi-fi do Humaitá, no Barreto, às terças-feiras, era referência entre a moçada.
As damas compareciam com seus vestidos rodados (com anáguas em profusão) e os cavalheiros elegantemente em seus ternos, ou em roupas sociais. Era comum existir o par constante, sem que houvesse qualquer relacionamento amoroso entre o casal.. Apenas o prazer de se exibir ao percorrer a pista de dança.
Bebia-se Cuba-Libre (Rum com Coca-Cola), Gin com Água Tõnica, Vodca e Samba em Berlim (cachaça com coca-cola). Claro, sem exageros. De vez em quando, alguém tomava um pilequinho. Mas nada que comprometesse a ordem. 
Fumava- se tirando onda, Cigarrilhas Talvis e o Pall Mall (cigarro mentolado). As primeiras experiências eram com as marcas de cigarro Saratoga, Clarim, Rodeio, Continental...
Nas décadas de 50/60, ,os grandes cantores internacionais eram Frank Sinatra (New York, New York, All The Way), Nat King Cole (As Time Goes By) e Louís Armstrong., a orquestra de Glenn Miller (dançava-se Moon Light Serenade, de rosto coladinho), Bill Halley e seus Cometas. 
Outros mais: Ray Charles, Chubby Checker (Le Twist Again), Little Richard (Tutti Frutti), Beatles, Rolling Stones, Sonora Matancera, Metais em Brasa, Orquestra de Henry Mancini. Ainda, na mesma década (1950) no advento do rock, a referência era o cantor e ator Elvis Presley. 
Nos bailes em hi-fi, quem animava os pares era o "Rei do Bolero", Gregório Barrios (Vereda Tropical). Havia ainda o cantor de boleros Lucho Gatica, o Trio Los Panchos, Harry Belafonte, Orquestra de Xavier Cugat, Orquestra de Ray Connif, Orquestra de Perez Prado, Tijuana Brass. Era a época do bolero, tango, valsa, rock and roll, mambo, rumba, cha-cha-cha, conga, calipso, fado, iê, iê, iê, . Mas, o samba, o samba-canção (Nora Ney). chorinho (Ademilde Fonseca), a bossa nova (Tom Jobim), frevo, e o xaxado não perdiam espaço.
Aconteceram diversas tendências musicais, como a Jovem Guarda, onde pontificava o cantor Roberto Carlos. E mais: Erasmo Carlos, WanderléIa, Leno e Lilian, Celly Campelo, Silvinha, Eduardo Araujo, Bobby Di Carlo, Carlos Gonzaga, Demétrius, Carlos Gonzaga, Ronnie Cord, Wanderley Cardoso, Jerry Adriani, Rosemary, Adriana; a Bossa Nova,  de Tom Jobim, Vinicius de Moraes, João Gilberto, Maysa, Elis Regina, Sérgio Mendes, Pery Ribeiro, Carlos Lyra, Roberto Menescal, Milton Banana Trio, os grandes festivais da MPB, com Chico Buarque, Milton Nascimento, Geraldo Vandré, Edu Lobo, Quarteto em Cy; Wilson Simonal, Jair Rodrigues, Quarteto em Cy; a Tropicália 67/68), de Caetano Veloso, Gilberto Gil, Rita Lee, Nara Leão, Gal Costa, Tom Zé, Capinam.
Os grandes cantores nacionais: Dalva de Oliveira, Orlando Silva, Vicente Celestino, Carlos Galhardo, Nelson Gonçalves, Elizete Cardoso, Cauby Peixoto, Helena de Lima, Dolores Duran, Angela Maria, Jamelão, Ellen de Lima, Nana Caymmi, Emilinha Borba, Marlene, Clara Nunes, Nora Ney, Pery Ribeiro, Leny de Andrade, Alaíde Costa, Maysa, Ronnie Von, Jorge Goulart, Agostinho dos Santos, Elza Soares, Jorge Ben, Jair Rodrigues, Wilson Simonal, Miltinho, Altemar Dutra, os bolerões de Anísio Silva. São tantos, que sempre se acaba esquecendo alguém muito importante.

Orquestras e conjuntos musicais

A minha orquestra preferida, há 60 anos, sempre foi (e continua sendo) a Tabajara, do Maestro Severino Araújo (hoje, sob a regência de seu irmão, Jayme Araujo). Outras mais, com quem dancei: Ruy Rey; Waldir Calmon, hoje, sob o comando de sua viúva Marta Calmon; Ed Lincoln (com os croner´s Orlandivo, Humberto Garin e Pedrinho Rodrigues); Cassino de Sevilha; Celso Silva.
Os conjuntos musicais fluminenses: Samba Show, do maestro Sérgio Marinho; Oxford, do maestro Tiãozinho; Serenade (Jorge Calil e sua bela voz);  Itamaraty; Arpoador, The Rainbow´s (com o excelente cantor Lucílio, que depois iria para o Joni Maza); The Ticks; Praia Grande, do maestro Haroldo; Wilson Vianna e seu conjunto; Cry Babies Show (o crooner Gilberto enlouquecia as meninas, cantando música italiana), Lafaiete ( a crooner Dina Lúcia, deixava os garotões malucos, com sua voz e beleza); Biriba Boys; The Pop´s; The Fever´s (Almir, era um tremendo sucesso com sua voz); Devaneios; Os Inocentes; Os Incríveis; MPB-4, Painel de Controle, Pingos e Gotas, do maestro Ivobel Marins; Blue Ritm´s, do maestro Tadeu; Copacabana Beat. Lembro, ainda, as Orquestras Comander e Tupy.

N.R. É isso aí: tentei colocar no blog, os cantores, orquestras e conjuntos musicais com os quais convivi em meus 50 anos de jornalismo e um pouco mais de vida noturna. De boemia. Claro que a memória não mais ajuda...
Na matéria anterior, postei aqui no blog, a relação dos clubes que frequentei e onde dancei. As saudades são muitas, mas sinto-me realizado. De nada me arrependo...

3 comentários:

  1. Por favor, o senhor tem algum dado sobre a orquestra de Jean Lafontaine? Parece que era um músico brasileiro, do fim dos anos 60, início de 70, mas não consigo encontrar nada sobre a orquestra ou maestro. Talvez pela semelhança com os nomes do autor francês fique difícil a busca.
    Agradeço a resposta.

    ResponderExcluir
  2. Dancei muito ao som da Orquetra Sylvio Mazzuca

    ResponderExcluir